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A lábia sem conteúdo de investidor desinformado

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Atualizado por Caio Nascimento
Stacy Herbert, a parceira do famoso apresentador e defensor do Bitcoin, Max Keiser, postou um tuíte em que ironizando uma postagem da CNBC em que Mark Mobius fala sobre a criptomoeda.
Em seu tuíte, Stacy diz: “Não há problema em dizer que você não conhece nada sobre um tópico. Por exemplo, teria sido melhor para Mobius esconder sua ignorância neste caso, recusando-se a responder.” Herbert se referiu à uma entrevista de Mark Mobius para CNBC que dizia: “O Bitcoin é uma criptomoeda que realmente precisa ser apoiada em ouro para ter qualquer valor, disse o famoso investidor Mark Mobius.” Durante a entrevista, Mobius foi perguntado sobre Bitcoin e sua resposta foi estarrecedora. Ele não apenas provou desconhecer o assunto, mas se mostrou completamente desinformado sobre a tecnologia subjacente com enorme potencial de aplicação.   O entrevistador pergunta à Mobius se ele acha que existem criptomoedas que possuem valor intrínseco, algo como ouro digital. Mark Mobius então responde que isso só seria possível com uma criptomoeda lastreada em ouro e disse também que blockchain seria perigosa, pois tudo é passível de ser hackeado. O irônico da resposta de Mobius é que o Bitcoin foi criado para ser um sistema trustless, onde não é necessário se confiar em terceiros. No entanto, no momento em que se fala sobre criptomoeda lastreada em ouro, ou algo do tipo, o sistema trustless não mais se aplica, visto que é necessário confiar na entidade que guarda o ouro. Imagine uma auditoria nos cofres de um orgão emissor de criptomoeda lastreada em ouro. Uma discrepância no volume armazenado ou mesmo no teor do ouro estocado significaria uma quebra de confiança que certamente teria consequências no valor da criptomoeda. Mobius também criticou a blockchain e alertou sobre o perigo de ser hackeada. Fica claro que esse renomado investidor não conhece o conceito de hashrate e a magnitude da rede Bitcoin. Sim, de fato tudo é hackeável, mas o custo necessário para hackear a rede Bitcoin em seus 90 quintilhões de hashes por segundo de Prova de Trabalho é proibitivo e só teria êxito por pouco tempo. Apenas um gasto duplo seria realisticamente possível, mas estima-se que o custo do hackeamento seria maior que o gasto duplo, o que na prática impossibilita uma tentativa dessas. É impressionante que renomados investidores continuam criticando o Bitcoin sem ao menos entender seu funcionamento. E você o que pensa do assunto? Deixe sua opinião nos comentários. Imagens cortesia Shutterstock, Twitter

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Vini Libero
Vini se formou em geologia pela Universidade Federal de Minas Gerais, Brasil e trabalhou com gerenciamento de projetos na área de exploração mineral em empresas como BHP Billiton e Vale. Ele se envolveu com o bitcoin em 2011, quando comprou suas primeiras moedas através do jogo online “Second Life”, mas usou a maioria de suas primeiras moedas aprendendo a fazer transações e negociar. Depois disso, ele se tornou um entusiasta da tecnologia blockchain e desde então focou sua carreira para esse...
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