O ressurgimento de criptomoedas como o Bitcoin (BTC), ETH e Dogecoin nas últimas semanas deve-se em grande parte ao interesse renovado de investidores individuais do varejo.
O preço do BTC atingiu mais de US$ 48.500 no dia 14 de agosto, o maior desde o dia 16 de maio. Esse nível significa um ganho de 290% com relação ao ano anterior, que chegou a 644% para o ETH e 1.431% para a terceira colocada, recém ocupada Cardano (ADA). Enquanto isso, a Dogecoin (DOGE) subiu 9.157 nos últimos 12 meses, de acordo com dados da CoinGecko.
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No entanto, por trás destes movimentos recentes está um ressurgimento do interesse de investidores individuais de varejo. De acordo com o Wall Street Journal, eles voltaram “depois que as criptomoedas receberam um impulso no final de julho”.
“Um impulso de momento”
O que mais poderia ter catalisado um movimento tão dramático para o bitcoin, senão outra declaração do CEO da Tesla, Elon Musk? Na conferência “The B Word”, co-organizada pelo Crypto Council for Innovation, Musk disse que ele e sua outra empresa, a SpaceX, detinham BTC. Naquela mesma semana, a Amazon listou uma nova vaga de emprego em busca de um especialista em moeda digital e blockchain, gerando mais burburinho.
O volume de negociação à vista de criptomoedas também aumentou de forma acentuada nessa época nas principais bolsas, incluindo Binance, Kraken, Coinbase e Gemini, de acordo com a Coin Metrics. Embora parte desse volume possa incluir alguma compra institucional, “com toda a probabilidade a maior parte do volume à vista de câmbio é de varejo”, disse o analista de pesquisa sênior da CoinMetrics, Nate Maddrey.
Além do volume, outros sinais são indicativos da atividade do investidor de varejo. Por exemplo, além do Bitcoin, os preços dos altcoins aumentaram recentemente. Como os investidores profissionais tendem a não negociar altcoins, de acordo com analistas de criptomoedas, isto seria um sinal de que os investidores de varejo estão ativos. Isso ocorre porque eles buscam ativos digitais mais baratos, com pequena capitalização de mercado e com potencial de ganhos maior.
Mineradores de BTC restabelecidos
Além desses eventos, o aumento recente também pode ser atribuído à realocação de mineradores chineses de criptomoedas. A dificuldade de mineração de Bitcoin aumentou para 15,55 terahash em vista das operações advindas da China que se estabeleceram em climas mais amigáveis às criptomoedas. Em certo sentido, uma maior dificuldade de mineração de Bitcoin representa uma contribuição geral maior da capacidade de hash dos mineradores.
De acordo com os dados mais recentes do BTC.com, o aumento recente da dificuldade de mineração começou no dia 17 de julho. Desde então, o ecossistema da criptomoeda sofreu um aumento de 13,77% na dificuldade de mineração em dois saltos consecutivos. A contribuição da China para a taxa de hash global foi reduzida para quase 46%, de acordo com dados do Statista. Antes, o país contribuía com três quartos do total. Vários países absorveram os emigrantes, com os Estados Unidos hospedando quase 17% do hashrate global de mineração.
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