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Analista que chamou XRP de moeda de “idiotas” sai em defesa da Ripple

3 mins
Atualizado por Caio Nascimento

EM RESUMO

  • Fundador da Messari saiu em defesa da Ripple.
  • Analista chamou XRP recentemente de "lixo tóxico".
  • Para ele, briga contra reguladores deve unir o setor de criptomoedas.
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Crítico ferrenho da XRP sai em defesa da Ripple após CEO revelar que a CVM americana estaria preparando um processo contra a empresa.

Só se fala de Ripple e XRP no mundo das criptomoedas nesta terça-feira (22). A polêmica gira em torno da intenção de reguladores americanos de processar a empresa por supostamente praticar negociação irregular de valores mobiliários. Uma ação judicial, portanto, estaria a caminho.

Um conhecido crítico da moeda, no entanto, saiu em apoio à Ripple. Ryan Selkis, fundador da Messari, disse nesta tarde que espera que a empresa americana vença a batalha contra a Comissão de Valores Mobiliários (SEC) dos EUA. Selkis, curiosamente, teceu fortes críticas à XRP há menos de duas semanas.

Em relatório, o analista chamou a moeda de “lixo tóxico” e disse que ela só tem traders porque seu preço é baixo a ponto de atrair “novatos idiotas o suficiente para comprar”. A linguagem forte foi usada também contra outras moedas, especialmente os diversos forks do Bitcoin existentes no mercado.

“O Governo vai perder”, aposta crítico da XRP

Selkis não só demonstrou apoio à Ripple, como também disse que a empresa deverá ganhar o eventual processo apresentado pela SEC. Em uma série de tweets, ele explica que a empresa chefiada por Brad Garlinghouse tem um forte corpo jurídico para enfrentar uma batalha legal do tipo.

Em primeiro lugar, o governo dos Estados Unidos vai perder. Nem preciso ler a queixa. Eles podem forçar um acordo, mas são superados em questões jurídicas. Lembre-se de que Ripple envolveu a ex-presidente da SEC Mary Jo White em uma questão civil em 2018. Uma dica de seu $$$.

Selkis também critica a legislação americana e diz que o caso pode servir para por um fim em leis antigas que travam o mercado.

Em segundo lugar, o governo deve perder. As restrições da SEC sobre investidores não credenciados; o teste ridículo de Howey; legislação de valores mobiliários de 80 anos, como a “Lei 40”, todas precisam queimar no fogo. Elas são antiamericanas e completamente desatualizadas. Espero que a Ripple vença. (QUE?)

Além disso, o fundador da Messari mostra ser um adepto da autorregulação no mercado de criptoativos, um posicionamento comum na indústria. No Brasil, exchanges e outras empresas do ramo apostam em medidas por conta própria para evitar uma regulação vinda de cima.

A briga da Ripple deve ser de todos, defende fundador da Messari

xrp ripple

Para Selkis, esse é um dos motivos que o levam a considerar o caso da Ripple como uma briga em comum. Uma decisão desfavorável à XRP, afinal, poderia afetar as empresas do setor como um todo.

Estamos “juntos nisso” para traçar linhas de demarcação regulatória. A XRP como um “valor mobiliário” prejudica ainda mais os negócios dos EUA, enquanto as empresas globais continuarão a atuar nesses mercados. A XRP como valor mobiliário também significa que outros ativos terão o mesmo destino. Pelo menos a Ripple tem dinheiro para lutar.

A declaração veio após Vitalik Buterin, fundador da Ethereum, criticar a XRP. O CEO da Ripple, Brad Garlinghouse, agradeceu a Selkis pelo posicionamento.

Agradeço a você por dizer o que isso pode significar para a indústria de criptomoedas dos Estados Unidos como um todo. A SEC está fazendo o oposto de “fomentar a inovação” aqui nos Estados Unidos. Não é apenas a XRP que eles estão atacando aqui.

Apesar da pressão em torno da Ripple, o analista da Messari considera que os EUA não vão “matar uma galinha dos ovos de ouro” do país. Ele espera, assim, que tudo deve ser resolvido com uma multa e eventual taxação da empresa com sede na Califórnia.

A Ripple pode abrir novos precedentes. Ela tem afirmações confiáveis de ​​que a XRP está sendo usada como um ativo-ponte hoje. Claro, o uso primário é financiar a Ripple, mas a Liquidez Sob Demanda ESTÁ ganhando força, pelo menos por ser o foie gras dos investidores parceiros.

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Paulo Alves
Sou jornalista e especialista, pela USP-SP, em Comunicação Digital. Já trabalhei em rádio e impresso, mas boa parte da minha experiência vem do online. Colaborei entre 2013 e 2021 com o Grupo Globo na área de tecnologia, onde já cobri assuntos diversos da área, de lançamentos de produtos aos principais ataques hackers dos últimos anos. Também já prestei consultoria em projetos do Banco Mundial e da ONU, entre outras instituições com foco em pesquisa científica. Entrei no mundo das...
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