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Ataque por ransomware paralisa Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul

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Atualizado por Paulo Alves

EM RESUMO

  • Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul foi atacado por hackers na madrugada de quarta-feira (28).
  • Informações do tribunal estão aprisionadas em um sistema que pede pagamento em Bitcoin para ser liberado.
  • Entretanto, órgãos da justiça trabalham com outras motivações para o crime.
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Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul (TJRS) foi alvo de um ataque hacker na madrugada de quarta-feira (28). A ofensiva comprometeu os sistemas do TJRS e permanece sem solução até a manhã desta sexta-feira (30).

A assessoria do TJRS confirmou a invasão feita por ransomware na madrugada de quarta-feira. Na manhã do mesmo dia, alguns servidores públicos já tinham relatado problema em utilizar o portal do judiciário, conforme levantado pela GZH.  

A instabilidade do sistema fez a instituição suspender seus prazos de processos judiciais e administrativos, sem data prevista para o retorno até o momento. No entanto, os expedientes internos e atividades presenciais que não dependem do sistema eletrônico continuam sendo desempenhadas.

Apesar de mensagens exigindo pagamento em Bitcoins, integrantes da Justiça não acreditam que a intenção dos criminosos seja de receber ganhos econômicos com o ataque. Para eles, essa mensagem seria algo automático nesses tipos de invasões, que normalmente são feitas em empresas privadas, e não em órgãos públicos.  

O ataque já dura mais de 48 horas e, até o momento, nenhuma tentativa de contato ou negociação foram feitas por parte dos hackers, como pedidos de depósitos ou outras formas de pagamento.

Qual seria a motivação do ataque?

Os membros da Justiça trabalham com outras linhas investigativas para a motivação do crime. Entre as possibilidades, estão o interesse de alguns grupos criminosos do estado em obter informações, retaliação política e demonstração de poder de grupos especializados em crimes cibernéticos.

Também chama a atenção o fato de haver audiências de membros de facções criminosas marcadas para esta semana. Entretanto, segundo os juízes do tribunal, essas audiências são rotineiras, e atrasar ou transferi-las para outros estados seria prejudicial para os acusados, que teriam dificuldades de apresentar as suas defesas.

Sem nenhuma evidência clara até o momento sobre a motivação do ataque, o caso segue sendo investigado pela equipe interna do TJ, contando com o apoio do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Além disso, a Delegacia de Repressão a Crimes Informáticos e de Defraudações da Polícia Civil passou a atuar no caso, com acompanhamento do Ministério Público.

Tramita no TJRS grande parte dos processos relacionados a diversas empresas acusadas de operar esquemas financeiros. Uma delas é a Unick, acusada de operar a maior pirâmide de criptomoedas no país e desviar pelo menos R$ 12 bilhões. Entretanto, por ora não há indícios de que a ofensiva ao Tribunal tenha qualquer relação com réus em ações judiciais.

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Anderson Mendes
Formado em Administração de Empresas pela Universidade Positivo, Anderson atua como redator para o BeInCrypto há 2 anos. Escreve sobre as principais notícias do mercado de criptomoedas e economia em geral. Antes de entrar para a equipe brasileira do site, participou de projetos relacionados à trading, produção de notícias e conteúdos educacionais relacionados ao mundo cripto em sua cidade natal, Curitiba.
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