Atlas Quantum é pirâmide e deve ter Bitcoin bloqueado em exchanges, diz Justiça

A decisão foi proferida no âmbito de uma execução ingressada pela InterForex, que tem sede em Honduras. A empresa alega que a Atlas Quantum prometeu pagar uma dívida com Bitcoin, mas nunca chegou a realizar a transferência. Na época do acordo, o pagamento envolveria uma transação de 1.366,70257988 BTC. Atualmente, essa quantia é equivalente a US$ 14,9 mil ou R$ 77,4 mil. Como a transferência nunca aconteceu, a InterForex tentou buscar o paradeiro da Atlas no Brasil. A essa altura, entretanto, descobriu que a empresa vinha sendo acusada de operar uma pirâmide financeira. O pedido foi julgado pela juíza Gabriela Fragoso Calasso Costa, do Foro Central Cível da Comarca de São Paulo. Ela considera que é possível considerar a Atlas como esquema Ponzi.

“[…] A executada ficou conhecida justamente em razão das inúmeras denúncias e investigações que têm sido realizadas em razão das ilegalidades apontadas pela exequente. E não se mostra inverossímil, ainda, que a executada seja mais uma organização criada para manter pelo tempo possível um esquema Ponzi, fraude encontrada em inúmeras situações em que são anunciados ganhos irreais através de negociação de criptomoedas.

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Bloqueio de Bitcoin da Atlas em exchanges

A juíza ordenou o bloqueio de Bitcoin e outras criptomoedas da Atlas depositadas em diversas exchanges. Mercado Bitcoin, Foxbit, Braziliex, Citar Tech, Coinbr, Intersowa, Bitcambio e Negociebitcoins serão notificadas para informarem se possuem saldo no nome da Atlas. Em caso positivo, deverão bloquear o valor de R$ 65.601.723,83, equivalente à cotação do Bitcoin no dia do ingresso da ação. Recentemente, a Polícia Civil disse que a Atlas Quantum não atuava como simples pirâmide, mas sim como organização criminosa. A investigação, portanto, fugiria da alçada estadual. Segundo apurado pelo Portal do Bitcoin, a Polícia Federal deve assumir o caso.