Bancos são completamente ineficazes na tarefa de rastrear movimentações suspeitas envolvendo criptomoedasSe você é novo no universo das moedas virtuais, este guia é para você. Vamos te ensinar tudo sobre criptomoedas.... More. Segundo um novo relatório da empresa de segurança Ciphertrace, instituições financeiras perdem até 90% das transações feitas por potenciais criminosos.
O monitoramento de transações está no rol das atribuições dos sistemas de inteligência bancários. Uma das estratégias envolve a identificação de transações relacionadas com criptomoedas. A ideia é identificar um possível saque proveniente da venda de Bitcoin fruto de golpe, por exemplo.
No entanto, de acordo com os especialistas, a vigilância é pouco inteligente. Na tentativa de encontrar transações suspeitas originadas de esquemas com criptomoedas, os bancos usam táticas falhas.
Uma delas é a filtragem de nome. Toda movimentação com o nome de determinada exchange cai em um banco de dados para averiguação. Dessa forma, como mostra a Ciphertrace, é muito comum obter falsos positivos.
Isso se torna óbvio se você pegar uma exchange como a “Gemini”, que não está apenas associada à famosa coretora administrada pelos gêmeos Winkelvoss, mas também desde a Escola Gemini no Maine até a Gemini, a “fabricante de elite de revestimentos de madeira para interiores e exteriores.
No Brasil, algo similar seria o Santander filtrar todas as transações com menção a “Mercado” para vigiar movimentações vindas da Mercado Bitcoin. No entanto, ao mesmo tempo, o banco teria que vasculhar um número enorme de transações sem nenhuma relação com a corretora, vindas, por exemplo, do mercado do bairro.
A pesquisa da CipherTrace mostrou que essa abordagem resulta em muitos falsos positivos e na perda de grandes fluxos de dinheiro que não podem ser descobertos por correspondência de nomes internos. Em alguns casos, essa abordagem perde 90% das transações reais relacionadas às criptomoedas em uma instituição financeira.
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Criminosos que usam criptomoedas são muito mais espertos
Golpistas que usam a rede bancária para lavar dinheiro proveniente de criptomoedas conseguem facilmente driblar esse monitoramento. Dessa forma, instituições financeiras são sempre usadas como destino de receitas do mercado negro.
Segundo a empresa de segurança, um traficante de drogas costuma enviar criptomoedas para a darknet e negociar em uma exchange P2P. Depois, a exchange usa sua conta em uma grande corretora para converter o ativo em moeda fiduciária e, assim, lavar o dinheiro.
Depois, bastaria enviar os valores de uma exchange para a conta bancária e sacar normalmente usando nomes fictícios. A exchange P2P na darknet, portanto, é o intermediário-chave nessa transação. Mas, os bancos não fazem ideia disso.