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Bitcoin consome menos energia que bancos e ouro, diz gestora Galaxy Digital

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Atualizado por Paulo Alves

EM RESUMO

  • O Bitcoin consome menos energia elétrica do que ouro, bancos e outros sistemas.
  • A conclusão foi revelada em um relatório da Galaxy Digital.
  • Sistema bancário não informa consumo de energia e é mais difícil de medir.
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A Galaxy Digital lançou um relatório sobre o consumo de energia elétrica do Bitcoin, no qual detalha como a criptomoeda consome menos que indústrias financeiras tradicionais e o valor que isso acrescenta.

A análise usa cálculos diversos para determinar quanto de eletricidade a rede de Bitcoin usa e como ela se compara a outros mercados como o bancário e o de ouro.

Consumo de energia – bancos, ouro, BTC. Fonte: Galaxy Digital

Na sessão de abertura, os autores apontam que as críticas habituais sobre o uso de energia não se aplicam normalmente às indústrias tradicionais. Eles consideram o Bitcoin – cuja pegada de carbono já foi comparada à de Las Vegas – um ativo transparente, enquanto várias empresas são opacas, ou seja, não informam com frequência dados sobre seu consumo de energia.

Sistemas bancários e de ouro

Os autores não negam o argumento de que o Bitcoin consome muita energia, mas garantem que este é o fator principal que permite que a rede seja segura e robusta. Segundo os cálculos da Galaxy Digital, o consumo anual de eletricidade do Bitcoin é estimado em 113,89 TWh/ano. Em comparação, a soma do consumo de eletrodomésticos que sempre estão ligados, nos Estados Unidos, é de 1.375 TWh/ano, ou seja, 12,1 vezes maior que o do Bitcoin.

O consumo das indústrias bancárias e do ouro, por outro lado, são mais difíceis de estimar devido à falta de dados sobre o uso de eletricidade, ou seja, é difícil ter uma “conversa honesta” sobre o consumo do Bitcoin.

Processos de produção e consumo de ouro. Fonte: Galaxy Digital

Os analistas estudaram todos os processos envolvidos na indústria do ouro, o que inclui a emissão direta e indireta de gases do efeito estufa, além daquelas feitas por processos de refino e reciclagem. Seu consumo estimado, calculado pela multiplicação de 100.408.508 toneladas de CO2 de emissões com o multiplicador de intensidade de carbono global IEA, é de 24,61 TWh/ano.

O relatório afirma que a indústria bancária é difícil de analisar porque ela não costuma informar diretamente seus dados de consumo de eletricidade. Por outro lado, ela usa data centers, filiais, caixas eletrônicos e redes de cartão de crédito, o que permite fazer uma estimativa de consumo de 238,92 TWh/ano para a indústria bancária, o equivalente a 2,3 vezes o usado pelo Bitcoin.

Narrativa centrada no uso de energia do Bitcoin

O relatório surge após a decisão da Tesla de parar de aceitar Bitcoin como forma de pagamento devido a preocupações acerca de seu consumo de energia. Este assunto tem sido usado como narrativa há anos mas só se tornou importante após o noticiário recente

Por outro lado, o verdadeiro argumento a favor do consumo de energia do Bitcoin é que o valor resultante pode ser justificado, ainda que em partes. A Galaxy Digital aponta que este valor é subjetivo e que o público em geral ainda está em cima do muro em relação à utilidade da criptomoeda.

O relatório da Galaxy Digital considera os argumentos são usados por detratores, pessoas que veem cripto como complementar ao sistema incumbente, além de apoiadores fiéis. Para os primeiros, ele diz que a criptomoeda pode trazer inclusão financeira a famílias em países com economia e política instáveis.

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Rahul Nambiampurath é um trader da Índia que foi atraído pelo Bitcoin e pela blockchain em 2014. Desde então, ele é um membro ativo da comunidade. Ele tem mestrado em finanças.
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