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Bitcoin foi declarado morto 430 vezes desde 2010

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Atualizado por Júlia V. Kurtz

EM RESUMO

  • De acordo com dados do 99Bitcoins, desde 2010 o Bitcoin morreu 430 vezes.
  • Porém, apesar das regulamentações, dos ataques e do pânico, a criptomoeda sempre conseguiu sair mais forte.
  • Dennis Lynch do Morgan Stanley comparou o Bitcoin ao personagem Kenny do show de comédia South Park.
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A recente proibição do governo chinês em relação ao Bitcoin (BTC) não foi a primeira tentativa de “assassinar” a principal criptomoeda do mundo.

Na sexta-feira (24), o mundo testemunhou mais uma tentativa do governo chinês de proibir o Bitcoin e demais criptomoedas, afirmando que:

Moedas virtuais emitidas por autoridades não monetárias […] como Bitcoin, Ethereum, etc. […] Não têm o mesmo estatuto jurídico de moeda corrente e não podem circular como moeda no mercado ”.

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No entanto, essas declarações não são novidade para o mundo cripto. Durante anos, a China tentou controlar e limitar o uso do Bitcoin e demais criptomoedas, mas suas decisões tiveram o efeito oposto: uma reavaliação do preço destes ativos.

Bitcoin em um ano complexo

Ao longo de 2021, o mercado cripto foi vítima de diversos eventos que limitaram sua trajetória de alta. Vale lembrar que o Bitcoin registrou uma nova máxima histórica em abril ao ultrapassar a marca de US$ 64.000.

No entanto, dias depois, a criptomoeda sofreu um forte crash que trouxe consigo uma queda de US$ 10.000 em seu preço.

Diversos fatores influenciaram essa forte desvalorização. Por um lado, o bilionário Elon Musk anunciou que sua empresa de veículos Tesla não aceitaria mais o Bitcoin como meio de pagamento.

Além disso, especulações de que o Tesouro dos Estados Unidos estaria pronto para cobrar diversas instituições financeiras por atividades de lavagem de dinheiro ao utilizar ativos cripto.

Outro aspecto a destacar é a repressão do governo chinês à mineradores de criptomoedas. Neste caso, o analista de rede Will Woo especulou que um blecaute em Xinjiang seria a causa da queda de preços.

BTC já sobreviveu a centenas de tentativas de assassinato

Muito panico foi visto através das mídias sociais sobre as últimas novidades regulatórias. No entanto, não é a primeira ou a última vez que isso acontece ou acontecerá.

Uma estatística importante para analisar é a oferecida pelo 99Bitcoins. De acordo com os dados, ao longo de 2021 o Bitcoin morreu 37 vezes.

Ao avaliar os dados de uma forma mais ampla, pode-se ver que 2021 não é exceção. Desde 2010, o Bitcoin foi assassinado 430 vezes.

Fonte: 99Bitcoins

Mas como essa estatística é medida? De acordo com o 99Bitcoins, as fontes devem seguir as seguintes diretrizes:

  • O conteúdo em si (não apenas o título) deve ser explícito sobre o fato de que o Bitcoin tem ou não valor (não “talvez” ou “poderia”).
  • O conteúdo foi produzido por uma pessoa com muitos seguidores ou um site com tráfego considerável.

Como se pode ver no gráfico, os dados deste ano mais do que dobraram os registrados em 2020, ano caracterizado pelo colapso do mercado cripto em decorrência da pandemia do COVID-19.

Em março de 2020, poucos dias após o início da pandemia e das restrições, o Bitcoin perdeu cerca de US$ 50 bilhões de sua capitalização de mercado.

O medo repentino que tomou conta dos mercados globais também se espalhou para a indústria de criptomoedas, com os investidores abandonando suas posições para conseguir mais dinheiro em caixa.

Percebe-se também que os maiores picos de morte do Bitcoin foram registrados durante os anos de 2017 e 2018, quando uma forte crise ocorreu no mercado cripto.

O disparada de preço do Bitcoin de US$ 1.000 para US$ 20.000 ao longo de 2017 foi seguida por uma queda de quase 85%, motivo pelo qual economistas como Nouriel Roubini chamaram a criptomoeda de “a mãe de todos os golpes”.

O BTC, criptomoeda rotulada de fraude e sem valor, possui a característica de ser um protocolo descentralizado. Ele persiste devido à crença depositada por um número cada vez maior de investidores e usuários.

Ativo ressurge como fênix

Na mitologia grega, a fênix é caracterizada por renascer das cinzas, o que poderia ser uma analogia adequada para o Bitcoin. Apesar das restrições e regulamentações, dos ataques e do panico do mercado, ele sempre conseguiu retornar mais forte.

Tomando como exemplo as proibições decretadas pelo governo chinês, o usuário do Twitter @LilMoonLambo observa:

“A proibição do Bitcoin pela China é literalmente um evento altista.”

Fonte: Twitter

Pelo que se pode ver, cada vez que o governo chinês ataca o Bitcoin, a criptomoeda sai mais forte e, posteriormente, registra uma alta considerável.

Por outro lado, a influencer @Techconcatalina também publicou um gráfico interessante em seu Twitter, no qual reflete o desempenho histórico do Bitcoin durante os meses de setembro:

“Retornos mensais de #Bitcoin ao longo do tempo. Setembro sendo o pior mês. O que acontecerá nos próximos 3 meses? Comente a sua opinião ”.

Outra analogia, talvez um pouco mais peculiar, em relação à força do Bitcoin para sair vitorioso das dificuldades é feita por Dennis Lynch do Morgan Stanley. Ele comparou a criptomoeda ao personagem Kenny do show South Park:

“Gosto de dizer que o Bitcoin é como Kenny de South Park: ele morre a cada episódio e está de volta.”

Graças às informações prestadas, pode-se reconhecer que o Bitcoin tem uma volatilidade considerável, mas tem mostrado mais recompensa e menos risco do que alguns dos valores vistos em mercados tradicionais e que, em cada situação difícil, o ativo sai mais forte.

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Luis Jesús Blanco Crespo
Luis é um jovem venezuelano que acredita firmemente no criptoespaço como a nova economia libertadora do século XXI. Habitante da cidade de Guarenas, contribui apaixonadamente desde 2019 com a tradução e redação de notícias sobre criptomoedas. Bacharel em Educação em Ciências Naturais (Cuba, 2012) e Mestre em Educação Ambiental (Venezuela, 2018). Gosta de línguas e apoia o conceito de educação continuada e permanente.
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