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Menções de Bitcoin no Twitter saltaram 350% em 2021

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Atualizado por Júlia V. Kurtz

EM RESUMO

  • Foram mais de 100 milhões de tuites citando o Bitcoin, segundo dados da Visibrain - plataforma de monitoramento da web e redes sociais.
  • Notícias sobre a maior criptomoeda do mundo em valor de mercado influenciaram buscas com a palavra Bitcoin.
  • Tesla, China e El Salvador movimentaram mercado do Bitcoin em 2021.
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A popularidade do Bitcoin em 2021 pode ser medida em números. Isso porque a empresa de análise Visibrain divulgou dados mostrando o sucesso da criptomoeda.

A criptomoeda mais popular e valiosa do planeta tem comunidades digitais inteiras dedicadas à ela em diferentes serviços digitais. Segundo um levantamento da Visibrain, uma plataforma francesa de monitoramento da web e de redes sociais em 2021, 101 milhões de mensagens no Twitter usaram a palavra Bitcoin. O número representa um aumento de 350% em relação ao volume registrado em 2020.

Fonte: Visibrain

Em 2021, o Bitcoin superou a marca dos US$ 69 mil em novembro, perdeu valor, osciclou e ganhou as manchetes do mundo, de formas positivas e negativas. E toda essa movimentação e fama pode ser confirmada com dados matemáticos.

Um dos assuntos que levaram o Bitcoin ao topo foi as falas do multibilionário Elon Musk . O dono da Tesla anunciou no começo do ano que a companhia automotiva compraria  US$ 1,5 bilhão em BTC e aceitaria a criptomoeda como forma de pagamento em alguns países para compra de veículos.

Notícias que impactaram no preço do Bitcoin em 2021

A decisão impactou profundamente o preço do criptoativo, que entrou em forte tendência de alta, conseguindo algumas semanas depois atingir o até então preço recorde de US$ 64 mil. No entanto, a opção de pagamento em Bitcoin foi revogada em maio.

O principal ponto para a decisão, segundo Musk, foi o impacto ambiental que a mineração da criptomoeda causa. Além de colocar em pauta o debate sobre o Bitcoin ser prejudicial ao meio ambiente, a decisão da Tesla iniciou uma onda de restrições a mineração do ativo em alguns países, como a China, fazendo com que o preço do BTC despencasse mais de 50%.

Mais munição para as notícias envolvendo a criptomoeda vieram da China – que proibiu depois qualquer operação com criptoativos em seu território anunciando uma moeda digital própria, o Yuan digital (CBDC chinês). Após meses em tendência de baixa, o Bitcoin iniciou um forte movimento de alta no final de setembro.

O mercado de mineração da criptomoeda, que foi amplamente impactado pelas restrições chinesas, também conseguiu uma forte recuperação, com os Estados Unidos se tornando o principal país neste segmento.

Além da recuperação do mineradores, cada vez mais alternativas para uma mineração mais sustentável do BTC estão sendo desenvolvidas. Com isso, não seria surpreendente se a Tesla voltasse a aceitar o ativo como forma de pagamento. Conforme a companhia destacou em seu relatório:

“Acreditamos no potencial de longo prazo dos ativos digitais, tanto como um investimento quanto como uma alternativa líquida ao dinheiro.”

Em setembro, o Bitcoin se tornou a moeda oficial de El Salvador. O país foi o primeiro a adotar a criptomoeda como uma moeda de curso legal em seu território. Na mesma data, seu presidente anunciou uma compra milionária de BTC feita pelo governo. No dia seguinte, habitantes do país já compartilhavam nas redes sociais que era possível usar o ativo em uma das maiores redes de fast food do mundo.

A decisão de El Salvador parece estar influenciando as demais nações da América Latina, com cada vez mais países aderindo ou buscando soluções envolvendo o mundo cripto. Enquanto os governos do Peru e Colômbia estão desenvolvendo alternativas para o uso da blockchain, uma universidade da Venezuela anunciou recentemente o primeiro curso de mestrado do país sobre a rede.

Apesar do governo brasileiro não ter dado nenhum passo importante em relação a este mercado, uma pesquisa apontou que boa parte da população local veria com bons olhos se o país também adotasse o BTC como moeda oficial. E esses são apenas alguns fatos que colocaram o Bitcoin como uma das palavras mais usadas em redes sociais em 2021.

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Aline Fernandes
Apaixonada pelo que faz, Aline Fernandes é uma profissional que atua há 20 anos como jornalista. Especializada nas editorias de economia, agronegócio e internacional trabalha na BeINCrypto como editora do site brasileiro. Já passou por quase todas as redações e emissoras do país, incluindo canais setorizados como Globo News, Bloomberg News, Canal Rural, Canal do Boi, SBT, Record e Rádio Estadão/ESPM. Atuou também como correspondente internacional em Nova York e foi setorista de economia...
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