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Brasileiros querem Bitcoin como moeda oficial, diz pesquisa

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Atualizado por Júlia V. Kurtz

EM RESUMO

  • Pesquisa com brasileiros aponta que 48% deles querem Bitcoin como moeda oficial do país.
  • Entrevistados acreditam que a falta de conhecimento como o fator que mais os afastam de criptomoedas.
  • Adoção em El Salvador influenciou países da região a estudarem alternativas cripto.
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Uma pesquisa da Sherlock Communications revelou que 48% dos brasileiros entrevistados querem que o Brasil adote o Bitcoin como moeda oficial.

O estudo foi feito online, na plataforma de pesquisas Toluna, e seus resultados foram divulgados na sexta-feira (10), pelo Valor. Ao todo, foram ouvidas 2.700 pessoas com mais de 18 anos no Brasil, Argentina, Chile, Colômbia, Costa Rica, El Salvador, Venezuela e México.

Entre os 48% de brasileiros que querem o Bitcoin como moeda oficial, 31% concordaram e 17% concordaram fortemente. Outros 30% não tem opinião, 12% discorda e 9% discorda fortemente da proposta. Segundo o estudo:

“Os brasileiros foram os maiores defensores do cripto-reconhecimento na região, com 56% apoiando a abordagem de El Salvador e 48% dizendo que querem que o Brasil também a adote”.

Cenário cripto no Brasil

A pesquisa também quis saber como os entrevistados veem o cenário de criptomoedas em seus países. No Brasil, 35% das pessoas acreditam que o país está atrasado em relação ao resto do mundo, 23% confiam no aumento do número de usuários no futuro e 4% não tem a expectativa de o tema se tornar popular.

Eles também acredita que os principais motivos para investir em criptomoedas são: diversificar investimentos (55%), se proteger da inflação e da instabilidade financeira (39%) e acompanhar a tendência da tecnologia (37%).

O cenário internacional também ajuda a melhorar a perspectiva do mercado de criptomoedas nacional. A adoção do Bitcoin como moeda legal em El Salvador, por exemplo, inspirou países como Honduras e Guatemala a cogitarem suas próprias CBDCs. Segundo o consultor de blockchain da Sherlock, Luiz Eduardo Abreu Haddad:

“No Brasil, regulações mais amigáveis atraíram investidores institucionais e corporações para o setor. O experimento de El Salvador pode virar uma grande referência para países latino-americanos de como incorporar blockchain e criptomoedas à suas economias e gerar bem-estar aos cidadãos”.

Laboratório

O Brasil é um dos três laboratórios da América Latina. Assim como o México e a Colômbia, o país tem uma regulamentação e um governo simpático a experimentos e inovação que envolvem cripto e blockchain.

A estimativa é que hajam pelo menos 1,4 milhão de brasileiros usuários de criptomoedas e pelos menos 21 caixas eletrônicos em território nacional habilitados a fazer operações envolvendo cripto.

Outro fator importante considerado pelos entrevistados são a resiliência dada pelas criptomoedas para resistir a crises econômicas. Entre os brasileiros, 75% apontam que a crise aumentou o interesse por cripto e só 15% acreditam que ela não influencia suas decisões.

Ainda assim, uma parcela da população (12%) afirmou que não investiria no mercado de cripto. Os motivos para isso foram: preocupação com a segurança do dinheiro (42%), preocupação com a instabilidade do valor dessas moedas (37%) e falta de dinheiro para investir (33%).

Eles também acreditam que a falta de conhecimento é o principal fator que afasta as pessoas de investimentos em cripto (45%). A desconfiança nas plataformas (39%) e a dificuldade de uso delas (36%) também foram citadas.

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Júlia V. Kurtz
Editora-chefe do BeInCrypto Brasil. Jornalista de dados com formação pelo Knight Center for Journalism in the Americas da Universidade do Texas, possui 10 anos de experiência na cobertura de tecnologia pela Globo e, agora, está se aventurando pelo mundo cripto. Tem passagens na Gazeta do Povo e no Portal UOL.
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