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China pode alterar a blockchain do Bitcoin e ficar imune a prejuízo, diz CEO da Ripple

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Atualizado por Caio Nascimento

EM RESUMO

  • O CEO da Ripple, Brad Garlinghouse, diz que a China poderia controlar o Bitcoin
  • É o segundo executivo da Ripple fala sobre o assunto em público
  • Empresa quer que EUA melhore regulação para enfrentar ‘rival’
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O CEO da Ripple, Brad Garlinghouse, considera possível o cenário em que a China poderá reverter uma transação de Bitcoin. Segundo ele, isso tornaria o país imune a prejuízos em BTC.
O executivo da empresa especulou esse cenário ao comentar sobre a importância dos investimentos em blockchain. A fala foi dada em entrevista durante o evento online DC Fintech Virtual Experience.
O que você acha que aconteceria se o primeiro-ministro Ji [Xi Jinping] perder um milhão de dólares em Bitcoin? Você não acha que o partido comunista chinês tem a oportunidade de alterar a blockchain do Bitcoin e reverter a perda de um milhão de dólares do primeiro-ministro Ji em Bitcoin que poderia ter sido hackeado?
brad-garlinghouse_ripple É o segundo executivo da Ripple em dois meses que um executivo da Ripple comenta o mesmo assunto. Em agosto, o co-fundador da empresa, Chris Larsen, disse que a China poderá, no futuro, bloquear ou reverter pagamentos em Bitcoin feitos entre países. Garlinghouse admite que a perspectiva é alarmista, mas não descarta a possibilidade levantada. O cenário não considera, por exemplo, questões de energia elétrica. No entanto, ele pontua que seria algo possível tanto com o Bitcoin quanto como Ethereum. Ele lembra ainda que a China concentra entre 66% e 75% dos mineradores de Bitcoin. Dessa maneira, algo como a reversão de transações seria possível. O argumento parte da ideia de que alguém de controle a maioria dos nós possa executar um ataque de 51% na rede.

CEO da Ripple pede mais uma vez por ações do governo dos EUA

Segundo o CEO da Ripple, o eventual controle da China sobre a blockchain do Bitcoin obriga os EUA a aumentarem investimentos no setor de blockchain. No entanto, o executivo vê uma barreira regulatória para novos projetos. Ele cita que mercados como Reino Unido, Japão e Singapura têm regras mais claras que ajudam a promover negócios cripto. Garlinghouse, vale lembrar, já chegou a dizer que a Ripple poderia deixar os EUA caso não haja mais clareza regulatória no país para empresas de blockchain.
Semana passada eu conversei com um desenvolvedor em San Francisco, e ele estava falando em criar [um negócio] no Ethereum. Ele citou como uma das razões a clareza sobre a regulação na plataforma. Isso [a clareza de regulação] seria algo que ajudaria a Ripple, ajudaria outras empresas.

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Paulo Alves
Sou jornalista e especialista, pela USP-SP, em Comunicação Digital. Já trabalhei em rádio e impresso, mas boa parte da minha experiência vem do online. Colaborei entre 2013 e 2021 com o Grupo Globo na área de tecnologia, onde já cobri assuntos diversos da área, de lançamentos de produtos aos principais ataques hackers dos últimos anos. Também já prestei consultoria em projetos do Banco Mundial e da ONU, entre outras instituições com foco em pesquisa científica. Entrei no mundo das...
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