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Chineses alertam contra riscos do trade de criptomoedas

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Atualizado por Paulo Alves

EM RESUMO

  • Especialistas chineses alertam contra o investimento em criptomoedas.
  • Para eles, é preciso que o mercado tenha mais regulamentação.
  • A opinião é semelhante à dada por agências reguladoras nos Estados Unidos.
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Profissionais chineses do mercado financeiro fizeram um alerta à população daquele país para que não invistam em criptomoedas, pois elas não possuem supervisão e proteção legal.

O aviso foi feito em um artigo escrito para o China Securities Journal, e publicado na segunda-feira (17), pelo Chefe de Desenvolvimento Rural e Segurança Alimentar do Banco de Desenvolvimento da Ásia Qingfeng Zhang e pelo pesquisador da Universidade da Califórnia Yang Peng.

Eles explicam que a falta de regulamentação das criptomoedas pode causar perdas irreparáveis para investidores, seja por transações faltas ou falhar de segurança.

“As transações relacionadas ao Bitcoin estão enfrentando escrutínio e supervisão cada vez mais rigorosos em todo o mundo. Atualmente, as autoridades regulatórias de muitos países proibiram explicitamente as transações ou emitiram políticas para restringi-las. Nos últimos anos, as autoridades nacionais relevantes sempre mantiveram uma alta pressão sobre as transações em moeda virtual, e tem havido um aumento contínuo na tendência.”

A falta de centralização das criptomoedas, eles alegam, é outro fator importante porque dificulta o rastreamento de dinheiro, o que facilita o uso de criptomoedas para lavagem de dinheiro ou para a compra de produtos ilegais como drogas ou armas clandestinas.

Os autores também citam o caso da Colonial Pipeline, um dos maiores oleodutos dos Estados Unidos, que foi alvo de um ataque de ransomware em maio de 2021, no qual os criminosos sequestraram seus dados e pediram resgate em criptomoedas.

Outro problema é a alta instabilidade do mercado, cujos preços estão sempre flutuando. Eles citam como exemplo a volatilidade do mercado de Bitcoin, que sofreu uma queda brusca após bater seu recorde de cerca de US$ 61.000 e nos últimos dias, após declarações do CEO da Tesla Elon Musk, despencar novamente até US$ 44.000.

“As flutuações de preços refletem a prevalência da especulação com moedas virtuais, que acarreta enormes riscos. Bitcoin não é uma moeda. Em termos de natureza, é uma mercadoria virtual específica. A transação de bitcoin é um tipo de comportamento de compra e venda de commodities na Internet, e as pessoas comuns têm a liberdade de participar dela por sua própria conta e risco. No entanto, o Bitcoin é fundamentalmente diferente dos produtos financeiros.”

Os especialistas também lembram que diversos países têm alertado contra o investimento em Bitcoin e outras criptomoedas, e pelos mesmos motivos. A declaração ocorre dias após a Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos (SEC) recomendar que investidores não invistam no mercado futuro de Bitcoin devido ao risco excessivo.

A opinião vai ao encontro do argumento usado pelo ex-diretor da agência, Gary Gensler, que alertou sobre a volatilidade das criptomoedas e a importância de regulamentá-las. “Nós precisamos atualizar nossas regras para garantir que investidores e indivíduos tenham seus direitos assegurados pela Primeira Emenda”, disse.

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Júlia V. Kurtz
Editora-chefe do BeInCrypto Brasil. Jornalista de dados com formação pelo Knight Center for Journalism in the Americas da Universidade do Texas, possui 10 anos de experiência na cobertura de tecnologia pela Globo e, agora, está se aventurando pelo mundo cripto. Tem passagens na Gazeta do Povo e no Portal UOL.
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