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Cliente Processa o Banco do Brasil Depois de Ter Seu Cartão de Crédito Clonado e Usado na Compra de Bitcoin

2 mins
Atualizado por Caio Nascimento

EM RESUMO

  • Cliente tem seus cartões de crédito clonados e usados para comprar bitcoin no exxterior
  • Banco do Brasil diz que a responsabilidade de manter os dados seguros é do cliente
  • Justiça diz que a instituição financeira é responsável e deve indenizar o cliente
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Um cliente processou o Banco do Brasil após ter seus cartões de crédito clonados e usados na compra de bitcoins. O cliente pediu uma indenização por danos morais já que o Banco demorou para estornar os valores gastos nos cartões.
O Tribunal de Justiça do Estado da Bahia condenou hoje, dia 01/04/2020, o Banco do Brasil a indenizar um de seus corretores que teve seus cartões de crédito clonados para a compra de criptomoedas no exterior. A decisão foi tomada por um juiz da primeira instância, cabendo recurso pela instituição financeira.

Cartão clonado não foi solicitado pelo cliente

Na ação, o cliente da instituição financeira alega que possui três cartões de crédito cujos limites somados equivalem a quantia de R$ 100 mil. Porém, ele diz que houve uma solicitação de um cartão adicional, cuja autorização o cliente não reconhece. O autor da ação também informa que no dia 30/05/2019 foi surpreendido ao tentar realizar compras em um dos seus cartões, ele havia atingido o seu limite. Por se tratar de uma situação anormal ele contatou o gerente responsável pela conta no banco. Segundo o gerente, foram realizadas compras no cartão adicional solicitado. Foram gastos quase R$ 81 mil em criptomoedas em uma empresa no exterior, o que fez com que o limite dos cartões fosse atingido. Além disso o cliente afirma que após contestar a compra e obter a resposta negativa da instituição bancária, ele não conseguiu pagar a fatura e teve juros e encargos acrescidos à dívida. Essa situação perdurou por muito tempo e o cliente teve que recorrer aos parentes para conseguir se manter em dia com os pagamentos e seguir com o mesmo estilo de vida. Ele alega que até ter o valor estornado pelo Bando do Brasil, ele viveu situações constrangedoras, já que ele teve seus pagamentos negados no comércio pela falta de limite e bloqueio dos cartões. O cliente pediu um valor de R$ 60 mil por indenização por danos morais.

A obrigação de cuidar da segurança dos dados é do cliente

O Banco do Brasil respondeu dizendo que não houve fraude por parte do banco na solicitação do novo cartão e nos débitos efetuados. Além disso, o banco alegou que não é o único responsável por zelar pela segurança das informações.
“Sustenta que também o autor é responsável, vez que não observou a responsabilidade de guarda em segurança de seus documentos pessoais e senhas.”
Quanto à obrigação de indenizar, a instituição financeira disse ser sem fundamento, já que os valores foram estornados e que não ouve bloqueio dos cartões ou da conta corrente do correntista. O juiz responsável pelo caso decidiu a favor do cliente. Ele disse que, segundo as provas enviadas, fica evidente que o cliente não pode ser responsabilizado pela “perda” dos dados pessoais, já que o cartão adicional solicitado não necessita que seja informada a senha para compras, somente é solicitado as informações dos dados do cartão. Além disso, o Banco do Brasil falhou em comprovar que a fraude foi praticada por terceiros e que o autor do processo teria sido negligente quanto a segurança dos dados do seu cartão. Portanto ficou decidido que a instituição financeira terá que pagar ao corretista a quantia de R$ 7 mil de indenização por danos morais.

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Airí Chaves
Com formação em marketing pela Universidade Estácio de Sá e um mestrado em liderança estratégica pela Unini, escreve para diversos meios do mercado de criptomoedas desde 2017. Como parte da equipe do BeInCrypto, contribuiu com quase 500 artigos, oferecendo análises profundas sobre criptomoedas, exchanges e ferramentas do setor. Sua missão é educar e informar, simplificando temas complexos para que sejam acessíveis a todos. Com um histórico de escrita para renomadas exchanges brasileiras,...
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