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Coinbase, maior exchange dos EUA, anuncia pedido para entrar na bolsa

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Atualizado por Paulo Alves

EM RESUMO

  • Coinbase revela que entrou secretamente com pedido de abertura de capital nos EUA.
  • Empresa é a maior exchange de criptomoedas do país.
  • Mercado especula que corretora poderia fazer vendas diretas de ações.
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A maior exchange dos EUA revelou um pedido secreto à SEC para abertura de capital.

A Coinbase, maior exchange de criptomoedas dos EUA, revelou na tarde desta quinta-feira (17) que entrou com pedido junto aos reguladores americanos para entrar na bolsa. A empresa solicitou à SEC, equivalente americana à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) no Brasil, a permissão para abertura de capital.

O pedido confidencial foi revelado nesta tarde no blog oficial da Coinbase. Já havia rumores há meses de que a empresa planejava ofertar ações na bolsa. Em julho, a agência Reuters revelou, baseando-se em fontes internas, que a exchange tinha planos para se tornar pública. Porta-vozes da companhia, no entanto, não quiseram comentar.

Fundada em 2012, a Coinbase aproveita o bom momento do Bitcoin para anunciar oficialmente seus planos. Após romper a marca histórica de US$ 20 mil, o Bitcoin segue subindo e chegou a bater US$ 23.500 nesta quinta. A novidade também poderia ter o potencial de esfriar críticas à cultura organizacional da empresa, acusada de silenciar funcionários.

“A Coinbase Global, Inc. anunciou hoje que apresentou confidencialmente uma minuta de declaração de registro no Formulário S-1 com a Securities and Exchange Commission (SEC). Espera-se que o Formulário S-1 entre em vigor após a SEC concluir seu processo de revisão, sujeito ao mercado e outras condições”, disse a empresa em comunicado.

Coinbase pode fazer venda direta de ações

A Coinbase ainda não deu detalhes sobre a estratégia de abertura de capita. Em Wall Street, no entanto, analistas comentam que a corretora pode optar por um IPO diferente. Isso porque o jeito natural de se ofertar ações como qualquer outra empresa poderia ser considerado decepcionante para uma companhia do ramo das criptomoedas.

Especula-se, por exemplo, que a Coinbase pode não adotar o modelo tradicional em que bancos intermediam as negociações junto a instituições. No lugar disso, a exchange faria uma oferta direta aos compradores. A iniciativa não seria nova, já que empresa de tecnologia como Spotify e Slack, recentemente vendida para a Sales Force por US$ 27,7 bilhões.

Ainda não está claro, da mesma forma, se a exchange planeja adotar algum tipo de solução em blockchain para a distribuição das ações diretamente. Wall Street, vale lembrar, vem se tornando cada vez mais propensa a aceitar as criptomoedas no palco principal das finanças. A CME Group, por exemplo, maior corretora de derivativos do mundo, anunciou que vai lançar mercado de futuros de Ethereum em 2021.

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Paulo Alves
Sou jornalista e especialista, pela USP-SP, em Comunicação Digital. Já trabalhei em rádio e impresso, mas boa parte da minha experiência vem do online. Colaborei entre 2013 e 2021 com o Grupo Globo na área de tecnologia, onde já cobri assuntos diversos da área, de lançamentos de produtos aos principais ataques hackers dos últimos anos. Também já prestei consultoria em projetos do Banco Mundial e da ONU, entre outras instituições com foco em pesquisa científica. Entrei no mundo das...
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