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Criador do BTC-e é condenado a prisão por lavagem de dinheiro com criptomoedas

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Atualizado por Caio Nascimento

EM RESUMO

  • O russo Alexander Vinnik foi julgado culpado por lavagem de dinheiro envolvendo criptomoedas
  • Ele ficará preso por 5 anos e vai pagar multa de 100 mil euros
  • Vinnik acumula acusações em diferentes países e ainda pode ser julgado nos EUA e Rússia
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O russo Alexander Vinnik, criador da agora extinta exchange BTC-e, foi condenado a 5 anos de prisão pelo crime de lavagem de dinheiro envolvendo criptomoedas.

O julgamento aconteceu nesta segunda-feira (7) em tribunal na França. Além de ficar preso, ele também vai precisar pagar a multa de 100 mil euros (cerca de R$ 613 mil), que será usado para indenizar às partes lesadas.

De acordo com a agência russa TASS, a acusação é de Vinnik promoveu lavagem de dinheiro através da sua plataforma de negociação de criptomoedas, a BTC-e. 

Fechada pela governo norte-americano em 2017, a exchange chegava a movimentar, dois anos antes do seu fechamento, quase 3% de todo o volume de mercado do bitcoin.

Vinnik teria feito parte de uma organização criminosa internacional, acusada lavar de 4 a 9 bilhões de dólares por meio da plataforma da BTC-e. Além disso, ele também é acusado de mentir sobre a origem de seus rendimentos.

BTC-e Vinnik
Alexander Vinnik preso pelas autoridades na Grécia em 2017 | Associated Press

Apesar de ter sido considerado culpado por lavagem de dinheiro, ele conseguiu se ver livre, parcialmente, de outras acusações que aumentariam sua pena.

Entre elas, a de ter sido o responsável por hackear e danificar sistemas operacionais através do malware Locky, ao qual muitos atribuem à Vinnik a criação. 

O russo poderia estar por trás de um elaborado esquema criminoso que promovia ataques ransomware. Os crimes teriam roubado dados pessoais de mais de 200 pessoas e instituições. No total, o equivalente a R$ 795 milhões em bitcoin foram extorquidos com sucesso pelos golpistas. 

A BTC-e,  plataforma de Vinnik, era utilizada como o meio de pagamento dos ataques ransomware.

Sua defesa, no entanto, afirma que ele era apenas um operador na exchange BTC-e. Portanto, não seria o responsável direto pelas as ações ilícitas que aconteciam dentro da plataforma.

BTC-e Vinnik

Mais julgamentos pelo caminho

Nos últimos anos, Alexander Vinnik tem protagonizado uma série de disputas de extradição entre países. Em cada lugar, Vinnik acumula diferentes acusações. 

Primeiramente, ele foi preso na Grécia em 2017 e extraditado para a França. Quando o seu julgamento no país europeu acabar, o esperado é que ele seja enviado para os Estados Unidos. Por último, vai para o seu país de origem, a Rússia.

Nos EUA, ele também pode ser julgado por lavagem de dinheiro originado da Silk Road. Tudo teria acontecido dentro da BTC-e. A plataforma funcionava sem verificação de identidade. Nela, acontecia lavagem de dinheiro ilegal proveniente de diversos tipos de crimes cibernéticos.

Para somar a isso tudo, a justiça norte-americana também está processando Vinnik por violações a Lei de Sigilo Bancário. Nesse caso, ele pode ter que pagar multa de até US$ 12 milhões.

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Saori Honorato
Saori Honorato é jornalista e para o BeInCrypto escreve sobre os principais acontecimentos do universo das criptomoedas.
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