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Dólar: expectativa por anúncio do BC impulsiona cotação

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Atualizado por Caio Nascimento

EM RESUMO

  • Moeda volta a subir antes de provável corte da Selic
  • Dólar alto no exterior também contribui
  • Economias emergentes sofrem mais
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O dólar fechou mais uma vez em alta. A moeda americana subiu 1,32% para R$ 5,59. Segundo analistas, o movimento reflete a expectativa dos investidores para a reunião do Copom. Nesta quarta-feira (6), o Comitê deverá anunciar novo corte na taxa de juros. A redução esperada é de 0,50 p.p. No entanto, uma queda ainda maior não está descartada.
O dólar já subia pela manhã, enquanto o corte de 50 bps era dado como certo pelos operadores. No entanto, a divulgação dos dados de atividade industrial fizeram a perspectiva de diminuição mais acentuada ganhar força. Com queda de 9,1% na produção industrial no mês de março, o mercado começou a considerar uma possível queda da Selic na casa dos 0,75 pontos percentuais. No começo da tarde, o dólar já era cotado a R$ 5,57 e alcançou R$ 5,60 no fim da tarde. Próximo ao fechamento, a moeda voltou a subir após nova turbulência política. O depoimento de Sérgio Moro à Polícia Federal foi divulgada pela imprensa, gerando ainda mais incertezas entre investidores. Em seguida, o dólar voltou a recuar e fechou a R$ 5,59.

Impacto do dólar no Brasil

Investidores estão avessos ao risco por conta da pandemia. Com isso, vêm depositando suas apostas apenas no dólar. O cenário é ruim especialmente para economias emergentes, como o Brasil.
Como resultado, as condições financeiras dos mercados emergentes se deterioraram, com risco de crédito, taxa de câmbio e juros de longo prazo apresentando forte depreciação desde a última reunião [do Copom] – Credit Suisse
Pablo Spyer, da Mirae Asset, reforça que os investidores tendem a abandonar a renda fixa e comprar dólar para tirar o capital do país. À Exame, ele reafirma que os operadores fogem da baixa perspectiva de ganho.
Os juros futuros estão afundando, com os dados mostrando um impacto forte do coronavírus na economia brasileira.
O cenário também tem relação com a forte valorização do dólar no mundo nesta terça-feira (5) em meio a incertezas do mercado. A atividade não-manufatureira dos Estados Unidos apresentou intensa queda por conta da crise do coronavírus. Com isso, investidores novamente correram para a segurança do dólar. No Brasil, o cenário de inflação baixa corrobora para o corte. A paralisação da atividade econômica chegou, inclusive, a resultar em queda do IPC-Fipe. O índice apresentou deflação de 0,3%, o dobro do estimado. Nesse sentido, analistas consideram ser possível a redução mais drástica da Selic para tentar dar algum fôlego para a economia.

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Paulo Alves
Sou jornalista e especialista, pela USP-SP, em Comunicação Digital. Já trabalhei em rádio e impresso, mas boa parte da minha experiência vem do online. Colaborei entre 2013 e 2021 com o Grupo Globo na área de tecnologia, onde já cobri assuntos diversos da área, de lançamentos de produtos aos principais ataques hackers dos últimos anos. Também já prestei consultoria em projetos do Banco Mundial e da ONU, entre outras instituições com foco em pesquisa científica. Entrei no mundo das...
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