Dólar digital: EUA investe US$ 255 milhões em blockchain inovadora

O projeto será desenvolvido pela startup Key Retroactivity Network Consensus (KRNC). Ela receberá os fundos da National Science Foundation para desenvolver uma nova blockchain que trabalha com o mecanismo de consenso Proof-of-Balance. A invenção promete ser diferente do Proof-of-Work, usado pelo Bitcoin, e do Proof-of-Stake, que será usada no Ethereum 2.0. O novo padrão, por exemplo, não pretende depender de um token comprado à parte. A KRNC defende que o modo de funcionamento de demais blockchains teria atrasado a adoção da tecnologia. Além disso, os sistemas de consenso poderiam colocar em risco o valor das moedas nacionais.

A tecnologia de contabilidade distribuída tem o potencial de transformar todos os setores da economia, mas as blockchains atuais exigem que os usuários comprem ativos específicos antes de enviar pagamentos ou usar aplicativos.

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Dólar digital terá quantidade equivalente em tokens

A ideia, portanto, é projetar uma tecnologia que aproveite os benefícios da blockchain sem potencialmente prejudicar o dólar. A proposta envolve eliminar a necessidade de comprar criptomoedas. Dessa maneira, a rede entregaria ao usuário a exata quantidade de tokens equivalente às suas posses em dólares. Não seria preciso, portanto, comprar o ativo em uma exchange. O CEO da instituição responsável pelo projeto, Clint Ehrlich, explica que o sistema irá calcular a quantidade total de dólares em circulação e emitir um ativo digital com o mesmo nível de escassez.

Se hoje houver 15 trilhões de dólares quando a moeda for lançada, será possível desbloquear apenas 15 trilhões de dólares digitais.

Na prática, usuários poderão depositar dólar convencional e receber a mesma quantidade de volta em tokens. O dólar digital, então, poderia ser usado da mesma maneira que a versão fiduciária. O projeto, por enquanto, é mais uma forma dos EUA explorarem alternativas para o dólar digital. No entanto, ainda não se sabe se ou quando a iniciativa poderá sair do papel. No Congresso, vale lembrar, já avançam discussões sobre o tema.