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ETF, exchange ou DEX: diferenças e vantagens para comprar criptomoedas

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Atualizado por Paulo Alves

EM RESUMO

  • ETFs de criptomoedas simplificam investimento em criptomoedas.
  • Investir em cripto diretamente permite maior controle do ativo em relação ao tamanho da exposição.
  • Liberdade e taxas menores são diferenciais da compra de criptoativos diretamente.
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Desde o mês passado, brasileiros podem investir em criptomoedas diretamente na B3 (B3SA3) por meio do ETF Hashdex Nasdaq Cryto Index (HASH11), que bateu rapidamente R$ 1 bilhão em captação. Entretanto, a aquisição de moedas digitais também pode ser feita por meio da compra direta em corretoras convencionais ou descentralizadas. Descubra as diferenças e as vantagens de comprar criptomoedas nessas modalidades.

ETF

Do inglês Exchange-Traded Fund, ETF é um ativo negociado em bolsa de valores como se fosse uma ação no mercado de ações. É uma oportunidade de se expor no mercado financeiro acompanhando um índice de ações ou títulos.

A cesta de ativos dos ETFs replica o desempenho de um índice: o BOVA11, por exemplo, espelha o Ibovespa, o SMAL11 o índice Small Cap, o IVVB11 segue o S&P 500, por exemplo. No caso do HASH11, ele replica os movimentos das moedas digitais, usando como referência o Nasdaq Crypto Index (NCI), índice desenvolvido pela Nasdaq em parceria com a Hashdex.

Alan Ceratti Pernanchini, assessor de investimentos credenciado XP Investimentos pelo escritório da Experato Investimentos, ressalta a segurança do investimento em ETF e na possibilidade de ter exposição a diversos ativos por meio de um único ativo.

Pernanchini destaca que optar pelo ETF é:

“um jeito mais simples e seguro de diversificar e se expor a essa nova classe de ativos, uma vez que não precisa se preocupar em escolher dentre milhares de criptos disponíveis no mercado, já que a seleção de ativos que compõe a cesta é feita e atualizada a partir de critérios rigorosos, e acompanhada diariamente por especialistas de cripto, tecnologia e mercado financeiro. Além disso, não é necessário abrir conta em exchanges, ou com custódia.”

Vale lembrar que, recentemente, o primeiro ETF de cripto do Brasil foi rebalanceado, tendo adicionado dois novos ativos ao fundo: Filecoin e Uniswap. Ainda assim, o índice ainda acompanha apenas oito criptoativos dos 90 com pelo menos US$ 1 bilhão de valor de mercado.

Além disso, o ETF é a opção em que o investidor terá de arcar com algumas taxas, como a taxa de administração (geralmente de 0,3% a.a.), 15% imposto de renda sobre os ganhos, sem IOF e sem come-cotas.

Exchange convencional

Para comprar criptomoedas diretamente, é necessário abrir uma conta em alguma exchange mediante um cadastro com foto e documento de identidade. A partir daí, em geral, o usuário já está apto a depositar reais, inclusive com suporte ao Pix, e em seguida pode usar o saldo para comprar criptomoedas.

As maiores corretoras oferecem centenas de criptomoedas para escolher, o que acaba acarretando conhecimento prévio do investidor: com tantas à disposição, é preciso tomar cuidado para não comprar o item errado.

Por outro lado, com algum conhecimento, é possível diversificar a carteira por conta própria com pouco dinheiro: com algumas centenas de reais é possível adquirir frações de altcoins da moda, como Cardano, Matic e BNB, que não estão presentes nos índices de ETF.

O investidor, no entanto, deve colocar na conta o risco de a exchange sofrer um ataque hacker, como os que ocorreram com empresas como Mt. Gox e, mais recentemente, a Kucoin.

Pernanchini, que está presente no mercado financeiro desde 2016, afirma que a compra direta de criptomoeda é interessante sobretudo para quem tem um perfil de eliminar intermediários e alerta para a importância de se estudar muito antes de entrar nesse mercado ainda pouco explorado.

Ele também ressalta que ainda há limitações econômicas e políticas em determinados países e que, dependendo da manchete, o noticiário pode fazer o investidor perder 50% em um movimento de queda rápido.

O assessor alerta para a necessidade de se tomar cuidado para não se investir todo o patrimônio em corretoras sem nenhuma credibilidade e/ou um órgão competente que esteja monitorando as operações.

“Ah, mas a blockchain me protege e registra todas as transações!” Em partes sim, em outras não. A partir do momento que sua carteira é violada (em algum cyber ataque), você está exposto ao roubo. Ou quem sabe uma corretora de faixada tenha seu CEO utilizando do seu capital para tirar férias nas Maldivas”.

Exchange descentralizada

Além disso, há as exchanges descentralizadas (DEX), que oferecem ativos ainda mais novos e com mais chances de passar por alta volatilidade. O token Shiba Inu, por exemplo, ofereceu retorno na casa dos milhares apenas para quem comprou logo após o lançamento em uma DEX.

Por outro lado, quem opta por esse caminho deve atentar para a complexidade do uso, já que é preciso saber manusear carteiras como a Metamask e a Truswallet para não perder o próprio dinheiro. Isso sem falar no risco maior de virar vítima de hackers. Só em maio, FinNexus, xToken, Belt Finance, BurgerSwap, Bogged Finance e PancakeBunny sofreram ataques que resultaram em milhões de dólares drenados de protocolos DeFi.

Para o especialista da Experato Investimentos, não há necessariamente uma escolha melhor entre ETF e exchange, já que a decisão é pessoal de cada investidor. No entanto, ele destaca que é preciso analisar os riscos de volatilidade e a exposição antes de se decidir.

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Késia Rodrigues
Graduada em Letras, Mestre em Estudos Literários, entusiasta de tecnologia e leitora assídua de conteúdos sobre fintechs, criptomoedas e blockchain. Tem experiência em projetos digitais nos segmentos de mercado financeiro e finanças pessoais. No Portal BeInCrypto, atua na produção e tradução de notícias para o site.
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