A análise on-chain do dia olha para dois indicadores que são usados para monitorar o fluxo de bitcoin nas exchanges de criptomoedas. Esses dados sugerem que o mercado de BTC pode estar entrando na próxima fase da tendência de alta de longo prazo.
Além disso, o retorno decisivo do indicador NUPL ao território verde acima do valor 0,5 se assemelha cada vez mais ao cenário de ciclo de pico duplo de 2013.
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A queda extrema do Bitcoin nas exchanges
De acordo com dados da Glassnode, os últimos 30 dias foram caracterizados por uma das maiores quedas na quantidade de BTC em todas as exchanges de criptomoedas. Isso é demonstrado pelo indicador Exchange Net Position Change, que ilustra a variação de 30 dias na oferta de moedas nas carteiras de exchanges. Se o número de moedas está aumentando, as barras do indicador são verdes e, se ele está diminuindo, vermelhas.
De acordo com o analista de rede Will Clemente, que referiu o indicador no Twitter na quarta-feira (18), 111.033 BTC fluíram das exchanges nos últimos 30 dias. Clemente chamou essa situação de “uma das quedas mais acentuadas nos estoques de exchanges da história do Bitcoin”.
Na verdade, se olharmos para o gráfico de longo prazo do preço do BTC, vemos apenas quatro situações semelhantes (círculos azuis). As saídas de BTC foram menores do que as atuais duas vezes (em 2017) e foram maiores outras duas (em 2020).
A característica comum mais importante é que sempre elas ocorreram logo após o mercado macro atingir um fundo. Após esses eventos, o preço BTC nunca mais voltou a esses níveis (círculos vermelhos).
A mesma tendência parece ser sugerida por um gráfico publicado hoje pela Glassnode. Ele contém uma interpretação do indicador de Volume de Transferência Líquido de/para exchanges para sua média de sete dias. Este indicador mostra a diferença no volume de Bitcoin depositado e retirado das exchanges.
O gráfico sugere que o mercado de BTC voltou ao impulso de alta e à fase de acumulação que havia passado no final de 2020 (retângulos azuis). Quando as leituras de fluxo de entrada dominaram o período de maio a julho de 2021, o mercado estava passando por uma fase de capitulação e medo (retângulo rosa).
Correlação positiva de choque de preço e oferta
Outro indicador que apoia a narrativa de continuação do mercado em alta é o choque de oferta ilíquida. Isso indica um aumento drástico na oferta, que permanece ilíquida e, portanto, mantida fora das exchanges por acumuladores de longo prazo.
A correlação positiva deste indicador com o preço do Bitcoin foi apontada por Clemente. Ele destacou no gráfico os períodos de grande mudança no valor de um choque de oferta ilíquida (azul) e as reações subsequentes do preço do BTC. As quedas no indicador geraram quedas no preço da criptomoeda (vermelho), enquanto seus crescimentos resultaram em um preço mais alto do BTC (verde).
A hipótese do analista é sugerir que, se houver outro movimento de alta para o choque de oferta, então outro impulso de alta do Bitcoin pode ser esperado.
Olhar complementar no NUPL
A análise on-chain da semana passada observou o indicador NUPL (Lucro/Perda Líquido Não Realizado) de longo prazo. O retorno dos valores amarelos (otimismo/ansiedade) para a área verde (crença/negação) foi interpretado como um argumento para a continuação do mercado de alta para o Bitcoin.
É preciso assinalar que a situação anterior ocorreu apenas uma vez durante o mercado em alta de longo prazo, ou seja, durante o ciclo de pico duplo 2013-2014. Em outras instâncias, um declínio da área verde sinalizou o início de um mercado em baixa. Na verdade, nos últimos gráficos do NUPL, vemos um retorno definitivo à área verde.
Na quarta-feira (18) houve uma análise complementar do argumento para uma repetição de 2013. O analista de mercado de criptomoedas Charles Edwards publicou um gráfico do mesmo indicador, mas usou uma escala e um gráfico de barras diferentes.
Ele marcou o período de declínio do NUPL para abaixo do valor de 0,5, o que levou ao início de um mercado em baixa (setas vermelhas). Em contraste, ele indicou apenas duas situações (círculos azuis) na história do Bitcoin onde a capitulação não ocorreu em uma situação análoga: em 2013 e agora.
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