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Golpe do ouro falso em Wuhan gera prejuízo de 15 bilhões de reais

2 mins
Atualizado por Caio Nascimento

EM RESUMO

  • Cidade ficou famosa pela origem do coronavírus que causa a pandemia
  • Empresa envolvida no esquema é listada na bolsa americana
  • Ouro falso chega a 83 toneladas
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Um golpe envolvendo uma famosa empresa de Wuhan, cidade da China que ficou famosa pela origem da pandemia de Covid-19, causou um prejuízo bilionário. O esquema envolveu o uso de ouro falso.
No centro do caso está a fabricante de joias Kingold Jewelry, sediada no distrito de Jiang em Wuhan, capital da província chinesa de Hubei. Por vários anos, ela usou seu suposto estoque de 83 toneladas de ouro para facilitar a obtenção de empréstimos. Listada na bolsa americana, a empresa parecia à prova de qualquer suspeita. Em tese, o dinheiro serviria para reforçar o caixa da empresa, financiar operações e expandir as reservas em ouro. No entanto, tudo mudou quando a Kingold deixou de pagar um dos empréstimos. A credora, então, decidiu liquidar o ouro dado como garantia. Foi quando veio à tona que, na verdade, o metal precioso era nada mais que cobre pintado de dourado. A partir daí houve uma reação em cadeia. Afinal, será que todo o ouro da empresa era falso?

Ouro de Wuhan não foi auditado

Outros credores começaram, então, a pedir auditoria dos ativos em ouro da Kingold. Até então, a empresa havia admitido apenas que o ouro falso flagrado por primeiro “era uma compra antiga com baixa pureza”. O governo da província de Hubei, então, criou uma força-tarefa especial para supervisionar o suposto golpe e o departamento de segurança pública iniciou uma investigação. Como consequência, os credores descobriram que absolutamente todas as reservas da empresa eram feitas de puro metal pobre cheio de glitter juntas, 20 bilhões de yuans para a fabricante de joias nos últimos cinco anos. O montante total alcança o equivalente a cerca de R$ 15,2 bilhões em prejuízos. Curiosamente, o ouro falso de Wuhan havia sido protegido por apólice da seguradora estatal chinesa PICC P&C. Ao que parece, não houve qualquer auditoria nas reservas para atestar a qualidade do ouro. Ao contrário do Bitcoin, que atrai usuários por, por exemplo, trazer um sistema de consenso descentralizado, a autenticidade do metal precioso requer a verificação física de peritos. Segundo o portal Asian Review, a seguradora arcou com boa parte do prejuízo e restituiu valores aos credores. No entanto, ainda não está claro se todos receberam os empréstimos de volta.

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Paulo Alves
Sou jornalista e especialista, pela USP-SP, em Comunicação Digital. Já trabalhei em rádio e impresso, mas boa parte da minha experiência vem do online. Colaborei entre 2013 e 2021 com o Grupo Globo na área de tecnologia, onde já cobri assuntos diversos da área, de lançamentos de produtos aos principais ataques hackers dos últimos anos. Também já prestei consultoria em projetos do Banco Mundial e da ONU, entre outras instituições com foco em pesquisa científica. Entrei no mundo das...
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