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Governo planeja token digital que recuperaria até R$ 158 bilhões perdidos todo ano

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Atualizado por Paulo Alves

EM RESUMO

  • Token digital seria usado para deixar compras públicas mais transparentes
  • Ideia seria expandir BNDESToken para outros órgãos
  • Solução teria potencial para poupar R$ 158 bilhões perdidos para corrupção
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O governo brasileiro trabalha na criação de um token digital para deixar compras públicas mais transparentes. Com a novidade, estima-se que seria possível poupar até R$ 158 bilhões dos cofres públicos. O projeto foi detalhado na tarde desta segunda-feira (21) em um evento online promovido pelo Ministério da Justiça.
A ideia é tomar como base a experiência do Banco Nacional de Desenvolvimento (BNDES). Desde 2019, o banco utiliza o BNDESToken, criado na rede Ethereum, para operar alguns repasses e melhorar o controle sobre os gastos. O projeto existe há cerca de dois anos, com consulta pública realizada em setembro de 2018. Agora, servidores trabalham na possível expansão da solução para demais áreas da administração pública. O token seria lastreado em ativos tradicionais, pareado com o Real e operado unicamente no âmbito governamental. Ele serviria como uma espécie de proxy para os gastos públicos. No lugar de transferências entre contas, por exemplo, entraria o ativo em blockchain. A ideia é criar uma plataforma confiável de transações para reduzir a corrupção na esfera pública. Movimentações do governo poderiam ser consultadas a qualquer momento, por exemplo. Além disso, a rede ofereceria mais automatização e disponibilidade 24 horas por dia. Como comprar Bitcoin e entrar no grupo de sinais gratuito do BeInCrypto token_governo

Token geraria economia de R$ 158 perdidos para a corrupção

Vanessa Almeida, gerente de inovação do BNDES, explicou que  um token digital no âmbito do banco pode ajudar a reaver fundos equivalentes a 2,5% do PIB. A estimativa é de recuperar entre R$ 63 bilhões e R$ 158 bilhões normalmente perdidos para a corrupção anualmente.
Os dados são baseados em estimativas do Fórum Econômico Mundial, da OCDE-10, nas Nações Unidas. Que estimam que, no mundo inteiro, entre 10% e 25% do total de um contrato público é perdido para corrupção.
No entanto, Almeida ressalta que o projeto requer colaboração para sair do papel.
Blockchain é sobre rede, e rede precisa de colaboração. Então, para a gente avançar nessa agenda, a gente vai precisar da colaboração dos diferentes poderes, de diferentes perfis.

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Paulo Alves
Sou jornalista e especialista, pela USP-SP, em Comunicação Digital. Já trabalhei em rádio e impresso, mas boa parte da minha experiência vem do online. Colaborei entre 2013 e 2021 com o Grupo Globo na área de tecnologia, onde já cobri assuntos diversos da área, de lançamentos de produtos aos principais ataques hackers dos últimos anos. Também já prestei consultoria em projetos do Banco Mundial e da ONU, entre outras instituições com foco em pesquisa científica. Entrei no mundo das...
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