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Governos gastaram 37x o valor do Bitcoin e todas as criptomoedas somadas na crise

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Atualizado por Caio Nascimento

EM RESUMO

  • Levantamento do FMI aponta que estímulos já chegam a US$ 10 trilhões
  • O montante supera em 3,7 vezes o valor de mercado do top 100 do CMC
  • Ainda assim, Fundo diz que injeção não é suficiente para salvar economias
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Segundo o Fundo Monetário Internacional (FMI), a montanha de dinheiro gasta até agora por governos para salvar a economia global já supera em 37 vezes o valor de mercado do Bitcoin e todas as outras criptomoedas do mundo.
Um levantamento do FMI divulgado nesta quinta-feira (11) pela agência Reuters mostra que as injeções governamentais já chegam a mais de US$ 10 trilhões, ou cerca de R$ 50 trilhões. A cifra seria suficiente para comprar absolutamente todas as unidades das criptomoedas listadas no top 100 do CoinMarketCap. Atualmente, a soma dos valores de mercado (market cap) do Bitcoin e das 99 outras principais criptomoedas do mundo alcança US$ 267,6 bilhões. Caso a injeção de dinheiro fosse destinada a um único país, ele deteria a terceira maior economia do mundo. Ele ficaria atrás somente dos EUA e da China. Além disso, ficaria, por exemplo, à frente do Japão, que tem PIB de pouco mais de US$ 5 trilhões.

FED ‘detém’ 27 vezes a soma do Bitcoin e outras criptomoedas

Apenas o balanço do FED traz um montante de US$ 7,1 trilhões, o equivalente a cerca de 26,9 vezes à soma de todas as unidades das 100 principais criptomoedas do mundo, incluindo o Bitcoin. Segundo observa o Estadão, o economista Jonathan Fortun, especializado em fluxos internacionais, estima que o balanço do Banco Central dos Estados Unidos cresceu 70% desde março. O FED teria comprado cerca de US$ 1,6 trilhão em títulos públicos. Já o Banco Central Europeu já soma estímulos na ordem de 1,35 trilhão de euros. O valor é equivalente a cinco vezes os market cap de todas as criptomoedas somadas. O curioso é que justamente esse cenário venha atraindo mais investidores para o Bitcoin e demais criptomoedas. Com alta liquidez e juros baixos, a aversão ao risco tem sido menor. O Ibovespa, por exemplo, vem surfando nessa onda e já rompe números que eram estimados por analistas apenas para o final do ano.

US$ 10 trilhões não bastam, diz FMI

Apesar do tamanho estratosférico, ainda assim, o valor despejado não é suficiente. Para a diretora do FMI, Kristalina Georgieva, a injeção trilionária para conter os estragos da crise global deverá aumentar mais. O Fundo, aliás, ressalta que “são necessários esforços adicionais significativos”. Segundo ela, é preciso minimizar a perda de empregos e conter o aumento da desigualdade no mundo. Devido à pandemia, projeta-se que até 100 milhões de pessoas sejam empurradas para a extrema pobreza. O valor deveria ser investido em “recuperação mais inclusiva”, concentrando-se na melhoria de acesso aos cuidados de saúde e educação. A entidade financeira destaca que é preciso também fortalecer as proteções climáticas. Além disso, deve-se ampliar o acesso de famílias e pequenas empresas de baixa renda a produtos e tecnologia financeiros.  
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Paulo Alves
Sou jornalista e especialista, pela USP-SP, em Comunicação Digital. Já trabalhei em rádio e impresso, mas boa parte da minha experiência vem do online. Colaborei entre 2013 e 2021 com o Grupo Globo na área de tecnologia, onde já cobri assuntos diversos da área, de lançamentos de produtos aos principais ataques hackers dos últimos anos. Também já prestei consultoria em projetos do Banco Mundial e da ONU, entre outras instituições com foco em pesquisa científica. Entrei no mundo das...
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