A descoberta de uma vulnerabilidade crítica no projeto DeFi ArmorFi rendeu a um ‘hacker do bem’ uma recompensa generosa de R$ 8 milhões.
A ascensão das finanças descentralizadas (DeFi) no meio cripto foi um dos pontos mais marcantes do ano passado. Agora em 2021, os protocolos DeFi estão ainda mais maduros, aumentando com força sua participação no mercado das criptomoedas.
Um fato que não deve ser ignorado, no entanto, é que os projetos DeFi protagonizaram a maioria dos ataques hackers de 2020.
Inclusive nesta sexta-feira (5), o Yearn Finance, um dos protocolos mais relevantes do mercado, foi alvo de uma ofensiva que causou um prejuízo de US$ 11 milhões.
Para diminuir as chances de se tornar a próxima vítima, o projeto ArmorFi se ofereceu a pagar uma recompensa de R$ 8 milhões para qualquer pessoa que encontrasse alguma vulnerabilidade crítica no seu protocolo.
Em apenas 24 horas depois da oferta vir à tona, o programador Alexander Schlindwein encontrou um bug perigoso no código do projeto. A falha descoberta poderia levar a um ataque que drenaria todos os fundos da empresa.
O sujeito que levou o prêmio de R$ 8 mihões é um hacker White Hat, aqueles conhecidos como ‘hackers do bem’ que coordenam ataques a fim de encontrar e neutralizar vulnerabilidades de um sistema.
Hacker leva a maior recompensa da história do Immunefi
Tudo aconteceu através da Immunefi, uma plataforma criada para recompensar hackers que encontram falhas em projetos DeFi.
Na Immunefi, uma empresa pode fazer ofertas para que qualquer pessoa busque problemas no seu código e receba prêmios de acordo com o grau de perigo que a falha representa.
No caso da ArmorFi, o bug encontrado era altamente nocivo e por isso a recompensa foi tão alta. Na verdade, R$ 8 milhões foi a maior recompensa já paga na história da plataforma.
Prêmio aumentou depois de ARMOR valorizar 160%
A recompensa oficial era de 1 milhão de ARMOR, a criptomoeda nativa do protocolo ArmorFi. Para sorte do hacker que levou a bolada, o preço do token mais que dobrou depois que a oferta foi feita.
Conforme dados do CoinGecko, na segunda-feira (1) o ARMOR estava valendo US$ 0,58. Nesta sexta, a criptomoeda já subiu para US$ 1,51, ou seja, uma valorização de 160%. Além disso, a criptomoeda ontem bateu a sua máxima histórica de US$ 1,95.
Como se a recompensa de R$ 8 milhões já não fosse suficiente, o CTO da ArmorFi, Robert Forster, chegou a se oferecer para tatuar o nome do hacker que encontrasse o bug.
De acordo com o CEO da plataforma Immunefi, Mitchell Loureiro, todos os projetos DeFi deveriam desembolsar uma quantia para recompensar hackers, ao invés de ficar vulnerável a qualquer ataque malicioso.
“Recompensas de bugs aumentam a confiança na comunidade DeFi e incentivam os pesquisadores de segurança a proteger a comunidade. Todos ganham. Continuaremos recompensando os desenvolvedores que tornam o Defi seguro, e isso é apenas o começo.”
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