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Ibovespa: ‘maremoto’ de liquidez deve trazer nova semana de alta

2 mins
Atualizado por Caio Nascimento

EM RESUMO

  • Mercados emergentes se aproveitam de apetite por risco
  • Dinheiro “precisa ir para algum lugar”, diz especialista
  • Otimismo, no entanto, “pode evaporar”.
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Os números do Ibovespa vêm em franca subida desde meados de maio e tudo indica que o movimento deverá continuar. A bolsa brasileira ruma para fechar o mês com mais uma semana de alta. Uma das razões é o apetite por risco que se mantém apesar da crise do coronavírus.
Segundo a Bloomberg, esse ambiente favorável para a bolsa é proporcionado pela alta injeção de dinheiro por governos. A avaliação é que os estímulos trilionários estejam provocando um maremoto de liquidez que atenua os efeitos da crise da Covid-19. Além disso, as tensões entre EUA e China também estariam sendo postas de lado. No Brasil, a liquidez aliada à tendência de alta do Ibovespa compensariam preocupações sobre a retomada da economia. Para Piotr Matys, estrategista do Rabobank em Londres, investidores estão de olho em mercados emergentes.
O que importa é que existe tanta liquidez que ela precisa ir a algum lugar e os ativos de mercados emergentes estão claramente se beneficiando disso. Nada parece influenciar os mercados de maneira negativa por mais de um dia ou dois.
Também ajuda o fato da Selic estar em níveis historicamente baixos. Com a taxa básica a 2,25%, investidores são ainda mais empurrados para ativos de maior risco. O movimento tende a continuar especialmente se Banco Central aplicar nova redução até o fim do ano. Nesse ritmo, a bolsa deve se beneficiar mesmo com reajuste para cima ano que vem. O mercado aponta que, em 2021, os rendimentos em dividendos serão maiores que a taxa de juros pela primeira vez. Participe da nossa Comunidade de Trading no Telegram para acessar sinais exclusivos de negociação, conteúdo educacional, discussões e análises de projetos!

Ibovespa ofusca crise política

O Ibovespa fechou a semana com alta de 4%, indo a 96.572 pontos. A bolsa ainda não recupera o patamar após o rebote do meio da semana, quando caiu após alcançar mais de 97 mil pontos. No entanto, o índice já retoma níveis do começo da crise da Covid-19. A alta também parece mostrar que o mercado não foi atingido pelos novos fatos no cenário político. O ambiente de instabilidade ganhou novo capítulo com a prisão de Fabrício Queiroz na casa de Frederick Wassef, respectivamente o ex-assessor e o advogado da família Bolsonaro. O banco JP Morgan, no entanto, vê impacto da situação na economia real. Apesar de Índice de Atividade do Banco Central (IBC-Br) ter vindo acima do esperado, analistas da instituição mantêm a estimativa de queda do PIB brasileiro em 7% em 2020.

Confiança pode ‘evaporar’

Apesar da onda de liquidez e apetite ao risco, é preciso ter cautela. O executivo do banco londrino Rabobank alerta que o otimismo pode mudar de uma hora para outra.
A confiança é obviamente muito forte hoje em dia. Mas, de repente, pode evaporar sem nenhum aviso.
O especialista aponta, por exemplo, que a volatilidade de moedas emergentes está muito alta. De fato, é o que acontece com o real. Nas últimas duas semanas, o dólar subiu com força. A moeda americana foi de R$ 4,80 no dia 08 de junho para R$ 5,37 na última sexta-feira (19). Portanto, embora haja boa expectativa para o Ibovespa essa semana, não está descartada uma volta à segurança do dólar, impactando diretamente no desempenho da bolsa.

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Paulo Alves
Sou jornalista e especialista, pela USP-SP, em Comunicação Digital. Já trabalhei em rádio e impresso, mas boa parte da minha experiência vem do online. Colaborei entre 2013 e 2021 com o Grupo Globo na área de tecnologia, onde já cobri assuntos diversos da área, de lançamentos de produtos aos principais ataques hackers dos últimos anos. Também já prestei consultoria em projetos do Banco Mundial e da ONU, entre outras instituições com foco em pesquisa científica. Entrei no mundo das...
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