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Investidor estrangeiro não tem data para voltar, sentencia Campos Neto

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Atualizado por Caio Nascimento
O Brasil ainda vai demorar para ver o retorno dos investidores estrangeiros que abandonaram o país nos últimos meses. O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, afirmou nesta segunda-feira (1) que o medo de investir ainda irá imperar por um longo período.
Em audiência pública virtual em comissão do Congresso, Campos Neto projetou um futuro complicado para os investimentos no Brasil. Para ele, o investidor estrangeiro só voltará à medida em que a crise do coronavírus termine. No entanto, ainda não há previsão para que isso ocorra. O presidente do BC mostrou preocupação com o baixo fluxo de pessoas no mundo. Ele mostrou a parlamentares como estão os países que já deixaram ou estão deixando o isolamento.
Percebemos que, independentemente do lugar, em grande parte dos lugares, não conseguimos chegar ao padrão de 2019 de circulação de pessoas. O fator medo faz com que mesmo depois da quarentena o fluxo de pessoas não volte.
Ele acredita que o cenário só deverá mudar quando o mundo descobrir uma vacina para o coronavírus. No entanto, os cientistas mais otimistas mencionam um prazo de, pelo menos, mais um ano para obter a vacina. Campos Neto reafirmou que, portanto, o Brasil não deverá contar com capital estrangeiro para recuperar a economia no curto prazo. O presidente do Banco Central tem a mesma opinião de diversos analistas. Segundo ele, o PIB do segundo trimestre deverá ser “bem pior” do que os 1,5% negativos do primeiro. Participe da nossa Comunidade de Trading no Telegram para acessar sinais exclusivos de negociação, conteúdo educacional, discussões e análises de projetos!

Campos Neto leva em conta debandada que afetou dólar e Bitcoin

O presidente do BC leva em conta a saída em massa de capital externo no pico da crise em março. Com o medo generalizado e o crash nas bolsas mundiais devido ao coronavírus, o Brasil viu uma debandada de capital estrangeiro do país. No começo de março, investidores externos já haviam retirado mais de R$ 44 bilhões da bolsa brasileira. O montante, àquela altura, já superava o ano de 2019 inteiro. O movimento, no entanto, começou bem antes do coronavírus. Entre os motivos estão a instabilidade política e a Selic baixa, que tira a atratividade da renda fixa. O dólar sobe fortemente desde então e chegou perto de R$ 6. Com isso, o preço do Bitcoin em reais foi a níveis de dezembro de 2017 mesmo o BTC mal alcançando US$ 10 mil. Em exchanges brasileiras, o ativo chegou a ser negociado por mais de R$ 57 mil. Campos Neto chegou a comemorar o recuo do dólar na última semana. No entanto, admitiu o desempenho fraco do Brasil e mencionou que o real foi a moeda que mais desvalorizou no ano. Ainda nesta tarde, o economista Pablo Spyer, da Mirae Asset, notou que o real segue na última colocação entre as principais moedas do mundo. A moeda brasileira é a que menos devolve ganhos, o que ajuda a afastar o investidor.

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Paulo Alves
Sou jornalista e especialista, pela USP-SP, em Comunicação Digital. Já trabalhei em rádio e impresso, mas boa parte da minha experiência vem do online. Colaborei entre 2013 e 2021 com o Grupo Globo na área de tecnologia, onde já cobri assuntos diversos da área, de lançamentos de produtos aos principais ataques hackers dos últimos anos. Também já prestei consultoria em projetos do Banco Mundial e da ONU, entre outras instituições com foco em pesquisa científica. Entrei no mundo das...
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