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Investidor foge da renda fixa e aponta para real ainda mais fraco

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Atualizado por Caio Nascimento

EM RESUMO

  • Incertezas nas contas públicas afastam investidor
  • Título de longo prazo se torna mais arriscado
  • Movimento já precifica a tendência mais acelerada de alta do dólar
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A perspectiva de enfraquecimento do real se torna ainda maior nesta segunda-feira (4) frente à queda do Tesouro Direto. Os títulos com vencimento de longo prazo caíram mais de 26% em abril, com destaque para o Tesouro IPCA+, atrelado à inflação. O movimento tem forte ligação com a alta do dólar.
Investidores duvidam cada vez da capacidade de recuperação das contas públicas. Ao mesmo tempo, a perspectiva de corte na Selic aponta para nova alta do dólar, aumentando o nível de incertezas. O receio se dá principalmente com os títulos pré-fixados, que correm mais risco ao longo do tempo. Ao Valor, a analista Marilia Fontes explica que as ajudas do governo aos estados, que deverá ser aprovada em breve, indica cenário de piora fiscal. Ao mesmo tempo, o dólar voltou a aumentar e passar do patamar de R$ 5,50. Analistas respondem à queda da bolsa de empresas brasileiras no exterior e já precificam a possível queda nos juros esperada para quarta-feira (6). Em março, o analista de renda fixa da Spiti, Guilherme Cadonhoto, já dizia que títulos de prazo curto podem ser boas apostas. Hoje, ele repete a recomendação, especialmente com relação ao IPCA+ de longo prazo.
Com o cenário de instabilidade fiscal, o IPCA+ de longo prazo é uma opção mais arriscada e não recomendável agora, mas o IPCA+ de curto prazo, até três ou quatro anos pode ser uma boa opção. Considerando a inflação implícita no preço do ativo que já está bem baixa. Por isso, recomendo a venda dos títulos Tesouro IPCA+ 2045. Aproveitando a melhora dos últimos dias, o investidor ainda consegue vender esse ativo à um preço razoável.

Queda do real

Ainda que haja possível ganho nos títulos curtos, o cenário provoca maior compra de dólar. Com isso, o real tem um horizonte de franca queda. Por outro lado, a desvalorização da moeda pode ajudar ao país a compensar algumas perdas com o incremento nas exportações. Mesmo durante a pandemia, exportadores vêm tendo bons resultados. Luiz Fernando Figueiredo, sócio-fundador da Mauá Investimentos, diz que há ainda um efeito positivo sobre a dívida. Como o Brasil tem mais ativo do que passivo cambial, o dólar alto pressiona a dívida para baixo.

Bitcoin segue alta

Enquanto o dólar dispara, o Bitcoin tem nova alta nesta segunda-feira (4). Cada vez mais próxima ao halving, previsto para a segunda semana de maio, a criptomoeda já passa de R$ 49 mil na média entre as corretoras brasileiras, segundo o Cointrader Monitor. Em algumas exchanges, a moeda é negociada novamente acima dos R$ 50 mil. Para manter-se informado, tendo a sua disposição conteúdo constante e de qualidade, não deixe de acompanhar nosso site. Aproveite e faça parte da nossa página de criptomoedas no Twitter.

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Paulo Alves
Sou jornalista e especialista, pela USP-SP, em Comunicação Digital. Já trabalhei em rádio e impresso, mas boa parte da minha experiência vem do online. Colaborei entre 2013 e 2021 com o Grupo Globo na área de tecnologia, onde já cobri assuntos diversos da área, de lançamentos de produtos aos principais ataques hackers dos últimos anos. Também já prestei consultoria em projetos do Banco Mundial e da ONU, entre outras instituições com foco em pesquisa científica. Entrei no mundo das...
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