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Investimentos mais sofisticados como criptomoedas crescem no Brasil, aponta CVM

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Atualizado por Júlia V. Kurtz

EM RESUMO

  • Análise da CVM destaca o aumento de investimentos mais sofisticados como criptomoedas
  • Coordenador da pesquisa afirma que os investidores do país tem 'apetite' por mais risco
  • O estudo também dá pistas sobre o perfil do novo investidor brasileiro
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Uma análise da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) indica que os brasileiros começaram a explorar novas possibilidades de investimentos e a entrar em mercados mais sofisticados, como as criptomoedas.
A CVM iniciou pesquisas de campo para entender o aumento da população brasileira investindo em mercados de capitais. De acordo com as primeiras análises divulgadas nesta segunda-feira (26), o órgão indica que houve um aumento expressivo de pessoas que começaram a investir nos últimos anos, especialmente no meio digital. Conforme as 5 mil pessoas consultadas pela pesquisa, 40% dos participantes afirmam ter começado a investir nos últimos 5 anos. A pesquisa da CVM que aconteceu no mês de setembro de 2020, faz parte de um estudo sobre Requisitos para Investimentos em Valores Mobiliários. De acordo com Bruno Luna, Chefe da Assessoria de Análise Econômica e Gestão de Riscos (ASA/CVM), o público de investidores entrevistados já acessam investimentos mais sofisticados, como por exemplo as criptomoedas, derivativos e investimentos no exterior.
“O conhecimento sobre a existência de produtos de securitização e private equity, que foram foco na pesquisa, se mostrou elevado e há interesse desse público em acessar esses mercados.”
A pesquisa da CVM anunciada no mês passado, procura entender qual é o perfil do investidor pessoa física. Dessa forma, a entidade pretende juntar material para propor possíveis alterações às atuais regras de acesso aos diversos tipos de valores mobiliários.

Investidores não tem medo de arriscar

O coordenador da CVM aponta que os investidores não tem medo de correr certos riscos na hora de investir. Assim sendo, as criptomoedas chamam a atenção como uma boa forma de diversificar a carteira de investimentos.
“É importante destacar que, embora o nível de conhecimento mais profundo sobre ambas as indústrias não tenha sido objeto do questionário nesse momento, observamos que o público investidor em geral possui apetite por mais risco e diversificação de sua carteira de investimentos.”
De fato, as criptomoedas tem ganhado cada vez mais o gosto do público brasileiro. Nessa semana, fundos de investimento exclusivo em criptomoedas bateu o recorde nacional de R$ 100 milhões. Sobretudo ganha destaque os investimentos em bitcoin, que lidera no mercado e representa 70% dos investimentos.

CVM traça perfil do novo investidor brasileiro

A pesquisa da CVM indica também um amadurecimento do público que entra no mercado de capitais, já que 70% dos entrevistados possuem ensino superior. Conforme diz Karl Pettersson, analista responsável pelo estudo na ASA:
“Mesmo com esse número alto, conseguimos atingir todos os níveis de escolaridade e faixas de renda, revelando o movimento de popularização do mercado de capitais brasileiro.”
Outros apontamentos do estudo é que os investidores estão cada vez mais autônomos, negociando por conta própria em meios digitais. Além disso, a CVM ressalta a dominância masculina no mercado, com 89% de homens formando o público de investidores.
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Saori Honorato
Saori Honorato é jornalista e para o BeInCrypto escreve sobre os principais acontecimentos do universo das criptomoedas.
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