Quem investe na Unick assume riscos ao participar da plataforma. Pelo menos este é o entendimento do juiz Frederico dos Santos Messias em relação a empresa investigada. Com a promessa de lucros exorbitantes a partir de investimentos em Bitcoin, usuários da Unick podem responder por riscos relacionadas a este tipo de operação.
A Unick Investimentos é uma plataforma que usava investimentos em criptomoedas para pagar mais de um milhão de clientes. A promessa brilhava aos olhos daqueles que procuram dinheiro fácil com pouco esforço. Na Unick, clientes recebiam até 60% de lucros a partir do montante investido no esquema.
Acusada de ser uma “pirâmide financeira” parece que a empresa chegou ao fim depois que a Polícia Federal (PF) prendeu nove líderes. Além disso, o Ministério Público Federal (MPF) representou uma denúncia contra quinze pessoas ligadas a plataforma, em um inquérito parcial sobre a Operação Lamanai.
Prisão de líderes abalou negócio que investia em Bitcoin
A prisão dos maiores líderes da Unick abalou a comunidade de investidores que fazem parte da empresa. Em grupos de WhatsApp muitos questionavam sobre o futuro da organização depois que as prisões aconteceram.
Milhares de usuários sem respostas e com pagamento em atraso. Esta é a realidade daqueles que acreditaram seus investimentos nos negócios da Unick. Com a liderança da empresa atrás das grades, o futuro do negócio é completamente incerto.
Cliente pede mais de R$ 15 mil da Unick
Existem aqueles que apostam em um retorno triunfante para Unick. No entanto, vários clientes e ex-clientes da organização procuram a justiça em busca de receber por aquilo que entregaram ao esquema.
Este é o caso de Matheus Barbosa da Silva, mais um investidor insatisfeito com os negócios da companhia conhecida como Unick Academy.
Atraído pela promessa de investimentos em criptomoedasSe você é novo no universo das moedas virtuais, este guia é para você. Vamos te ensinar tudo sobre criptomoedas.... More, Matheus pede indenização por dano material à justiça. No total, o cliente do esquema alega uma dívida de $ 15.598,00 com a ré na ação publicada nesta sexta-feira (29).
O processo foi apresentado pelo investidor na comarca do Foro de Santos – SP. No entanto, o pedido de bloqueio de bens em nome da plataforma não foi atendido pela justiça. A decisão mostra o indeferimento do pedido de tutela de urgência antecipada.
Juiz não concede bloqueio de bens
Com a decisão do juiz Frederico dos Santos Messias, o cliente da Unick pode recorrer e apresentar novamente o pedido de arresto de bens. Contudo, resta saber se o investidor recorrerá desta sentença.
A solução para este caso seria uma audiência de conciliação, depois do pedido de bloqueio de bens para a garantia do pagamento da dívida. O encontro entre representantes da companhia e o proponente da ação seria capaz de encerrar a ação.
A audiência de conciliação não acontecerá, até então, sem motivo aparente. A última movimentação do processo mostra ainda que o requerente pede “sigilo dos autos”, para que informações sobre a causa não sejam publicadas.
Além da Unick, Matheus tenta bloquear bens de outras plataformas com suposta relação com o empreendimento que ofertava lucros a partir de investimentos em Bitcoin. Sendo assim, aparecem no processo como réus neste caso:
- S.A. Capital
- Urpay Tecnologia em Pagamentos
- Brasil Investimento Imobiliários Eireli
Contudo, como a justiça entendeu que Matheus assumiu um risco ao entrar no esquema, nenhum valor será bloqueado em nome dos réus da ação. Caberá ao autor do processo contestar a decisão, contra a Unick que teve 1.500 unidades de Bitcoin (BTC) apreendidos.
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