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Mercado ainda não sabe quanto criptomoedas valem, diz criador da DOGE após alta histórica

2 mins
Atualizado por Paulo Alves

EM RESUMO

  • Criptomoeda surgiu como paródia e ganhou popularidade
  • Fundador acredita que ela seja amais amigável para novatos
  • CEO da Tesla Elon Musk ajudou a impulsionar preço
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Com uma valorização aproximada de 460% nos últimos sete dias, a criptomoeda alternativa Dogecoin (DOGE) vive um de seus melhores momentos até agora.

Um dos motivos que levaram a este crescimento é a facilidade de uso, segundo o engenheiro da IBM e criador da DOGE, Billy Markus. “Há vários motivos que levariam alguém a comprar [a Dogecoin] e ela praticamente já virou mainstream a esse ponto”, explica, em entrevista dada ao Business Insider na quinta-feira (15).

“Ela é um dos ativos mais voláteis em que é possível fazer apostas nesse momento e as pessoas têm vários motivos para fazer essa aposta, o que está sendo refletido no mercado”.

Normalmente cotada a US$ 0,06, a DOGE começou a valorizar na terça-feira (13), quando rompeu a barreira de US$ 0,10, segundo o agregador Coingecko. Na quinta-feira (15), após um tuíte do CEO da Tesla, Elon Musk, a Dogecoin disparou, passando de US$ 0,13 a um pico de US$ 0,39 em menos de 24 horas.

A variação foi suficiente para tornar alguns investidores milionários. Um deles postou no Reddit que seu investimento inicial, feito no final de janeiro, havia rendido 1000% desde então.

No Brasil, a procura foi tão grande que a exchange NovaDAX sofreu instabilidade em seus serviços.

Em sua origem, por sua vez, a Dogecoin não ambicionava nada além de ser uma paródia do ainda infante mundo das criptomoedas.

Naquela época, em 2013, lembra Markus, o Bitcoin ainda era uma novidade para muitos e reinava absoluto no mercado cripto. Com o tempo, novas moedas foram surgindo, mas elas não passavam de cópias sem qualquer novidade.

“Eu descobri que existia um grande mercado com novas criptomoedas surgindo todos os dias – às vezes em questão de horas – todas almejando valerem zilhões e conquistarem a galáxia. Eu pensei que isso era tolice e também que, já que tantas novas estavam surgindo, não deveria ser difícil criar uma.”

A inspiração da Dogecoin veio diretamente do mundo dos memes. O Doge estava na moda e era um de seus favoritos. Por acaso, o domínio dogecoin.com havia sido registrado pelo desenvolvedor Jack Palmer, da Adobe. Os dois entraram em contato e se tornaram fundadores da criptomoeda.

“Nosso objetivo inicial era fazer uma paródia daquelas criptomoedas clone que se levavam a sério e tentavam parecer diferentes de todas as outras, mas continuavam parecendo iguais. A Dogecoin era outra moeda clone, mas ela não se levava a sério e era apenas a Dogecoin.”

Um dos diferenciais da Dogecoin é que ela não possui limite de moedas, ao contrário de outras criptos como o Bitcoin. Isso significa que é fácil para um usuário novo aprender a minerar e também que o valor dela se mantém baixo, facilitando a aquisição.

Para Markus, a procura por criptomoedas ocorre porque as pessoas não entendem a tecnologia direito e têm medo de ficar para trás. “O mercado está tentando descobrir o valor intrínseco das criptomoedas nos últimos doze anos e ainda não sabe qual ele é”, acredita.

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Júlia V. Kurtz
Editora-chefe do BeInCrypto Brasil. Jornalista de dados com formação pelo Knight Center for Journalism in the Americas da Universidade do Texas, possui 10 anos de experiência na cobertura de tecnologia pela Globo e, agora, está se aventurando pelo mundo cripto. Tem passagens na Gazeta do Povo e no Portal UOL.
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