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Mineração de Bitcoin já devora 4 vezes mais energia que São Paulo em 1 ano

2 mins
Atualizado por Caio Nascimento

EM RESUMO

  • Alta do preço do Bitcoin provocou aumento da atividade de mineração.
  • Energia consumida por mineradores já equivale ao consumo de um ano de São Paulo.
  • Impacto ambiental do Bitcoin é um dos problemas discutidos pela indústria.
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Alta do preço do Bitcoin causa pico de energia da atividade de mineração no mundo, chegando próximo do quádruplo da cidade de São Paulo.

O consumo de energia da mineração de Bitcoin já é quase o quádruplo do utilizado pela cidade de São Paulo, a maior metrópole da América Latina. O aumento é um dos efeitos da alta recente do Bitcoin, cujo preço subiu mais de 100% em menos de um mês.

Segundo o Centro de Finanças Alternativas da Universidade de Cambridge (CCAF), na Inglaterra, a atividade de mineração aumentou o consumo de energia em 23,36% nas últimas semanas. Desde 17 de dezembro, logo após romper a máxima histórica de US$ 20.000, mineradores passaram de 86,67 TWh para 106,92 TWh. Os dados foram repercutidos pelo Valor Investe.

mineradores mineração

Equipamentos de mineração, dessa maneira, já alcançam praticamente quatro vezes o consumo energético da cidade de São Paulo. Segundo o Anuário de Energéticos do Estado de São Paulo de 2020, a capital paulista consumiu 27,51 TWh ao longo de todo o ano passado.

Se o ritmo de mineração de Bitcoin continua assim, as máquinas podem rapidamente atingir 132 TWh. O valor se refere ao consumo do estado de São Paulo inteiro em 2019. O aumento do preço do Bitcoin, dessa maneira, pode ser um dos motores para que essa marca chegue logo mais.

Mineração do Bitcoin causa preocupações ambientais

Cresce na indústria de criptomoedas a preocupação com os impactos ambientais da mineração. No caso do Bitcoin, maior e mais valiosa moeda do mundo, a poluição e o alto consumo energético surgem como os principais dilemas da atividade.

Em meio a isso, inciativas surgem pelo mundo para reduzir o impacto ambiental vindo da mineração de BTC. Uma delas veio, por exemplo, da empresa Crusoe Energy Solutions, que passou a minerar utilizando eletricidade gerada de gás natural residual da Equinor, uma das maiores empresas do setor energético mundial.

Já Jack Dorsey, CEO do Twitter e da Square, que passou a investir em Bitcoin, considera que a mineração usará apenas energia limpa no futuro. A Ripple é uma das empresas que querem liderar esse movimento. Em setembro, a dona da XRP anunciou um plano para zerar a emissão de carbono da sua rede dentro de 10 anos. A ideia, além disso, é encorajar outras companhias a fazerem o mesmo.

Enquanto isso, outras iniciativas pretendem compensar o impacto negativo da mineração com soluções em blockchain. Esse é o caso, por exemplo, da Moss, uma startup brasileira que facilitar a comercialização de créditos de carbono por meio de um token digital. Uma exchange de criptomoedas britânica já anunciou que utilizará o token para compensar a sua própria pegada de carbono.

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Paulo Alves
Sou jornalista e especialista, pela USP-SP, em Comunicação Digital. Já trabalhei em rádio e impresso, mas boa parte da minha experiência vem do online. Colaborei entre 2013 e 2021 com o Grupo Globo na área de tecnologia, onde já cobri assuntos diversos da área, de lançamentos de produtos aos principais ataques hackers dos últimos anos. Também já prestei consultoria em projetos do Banco Mundial e da ONU, entre outras instituições com foco em pesquisa científica. Entrei no mundo das...
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