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Mulher Investe Economias de 19 Anos de Trabalho em Pirâmide de Bitcoin e Pede Bloqueio de Bens da Empresa

3 mins
Atualizado por Caio Nascimento

EM RESUMO

  • Mulher investe suas economias de 19 anos de trabalho na Genbit
  • Justiça defere liminar pedindo o bloqueio de bens da Genbit e sócios
  • Advogado conseguiu gratuidade na justiça para a sua cliente
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Mais uma vez a justiça deferiu um pedido de liminar desfavorável à Genbit. Dessa vez, além dos bloqueios de bens e ativos da empresa a vítima conseguiu que o bloqueio também fosse realizado no nome dos sócios da pirâmide financeira.
A vítima conseguiu ainda o benefício da gratuidade da justiça, o que, nesses casos é extremamente difícil de se conseguir, principalmente porque a autora da ação investiu uma quantia considerável de dinheiro em bitcoins. O advogado Ricardo Kassin, responsável pela ação comentou as particularidades desse processo e explicou os motivos que fizeram com que sua cliente vencesse.

Liminar para bloqueio dos bens

Na ação, ajuizada na comarca de Curitiba, a vítima informou que fez um investimento de cerca de R$ 160 mil no “pacote de vantagens” da Gensa e Arbor, empresas pertencentes ao mesmo grupo da Genbit. Esse dinheiro investido seria operado pelas empresas e seria devolvido em 36 parcelas acrescido de um lucro mensal de 5% a 15%. Esse valor era creditado em bitcoin, mas o usuário poderia facilmente convertê-lo para reais para, posteriormente, realizar o saque da quantia. Assim como diversas outras vítimas, a cliente só conseguiu sacar algumas parcelas e, a partir do mês de outubro de 2019 os saques foram cancelados. O final da história todos nós conhecemos: a Genbit transformou o saldo de bitcoins em treeptoken, uma moeda virtual que não possui valor algum, fez diversas promessas, acusou a mídia de difamação e por fim, desapareceram. Porém, depois de todos esses escândalos, suas vítimas começaram a buscar a justiça, pediram o bloqueio de R$ 1 bilhão de bens da companhia e começaram a pressionar os sócios Nivaldo e Gabriel. Neste processo do advogado Kassin, ele não só conseguiu a liminar para bloquear bens e ativos das empresas do grupo, como também conseguiu que Nivaldo Gonzaga e Gabriel Tomaz tivessem seus bens bloqueados. Porém, o que mais chama a atenção nesse caso foi que Kassin conseguiu que a sua cliente obtivesse o benefício da gratuidade da justiça, principalmente porque na ação ajuizada contra a Genbit fica claro que a vítima possuía uma quantidade significativa de dinheiro.

Gratuidade na Justiça

Ricardo Kassin explica que esse feito é raro, principalmente nesses tipos de ações contra empresas de investimento. Porém ele diz que a história da sua cliente contribuiu muito para que a justiça aceitasse o pedido de gratuidade. Segundo ele, o valor que a sua cliente investiu foi fruto de 19 anos de trabalho. Grande parte desse dinheiro veio do saque do fgts, acrescido de mais alguma quantia que a cliente conseguiu guardar. Além disso, por infelicidade do destino, a cliente de Kassin perdeu o emprego um tempo depois de investir na Genbit, fazendo com que sua condição financeira mudasse completamente. A cliente também é mãe e responsável financeiramente pelo sustento de seus dois filhos. Para Kassin, esses foram fatores importantes para que ele pudesse comprovar a incapacidade da sua cliente de arcar com os custos processuais. Ainda segundo o advogado, por saber que em casos desse tipo, a probabilidade de um juiz aceitar a gratuidade é baixíssima, e saber que se indeferido esse pedido pode atrasar ainda mais o processo, ele costuma aconselhar os seus clientes para que não façam o pedido da gratuidade. Porém, nesse caso, a sua cliente tinha todos os motivos e se adequava em vários quesitos para ser beneficiária, tanto é que o juiz aceitou o seu pedido. Para manter-se informado, tendo a sua disposição conteúdo constante e de qualidade, não deixe de acompanhar nosso site. Aproveite e faça parte da nossa página de criptomoedas no Twitter.
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Airí Chaves
Com formação em marketing pela Universidade Estácio de Sá e um mestrado em liderança estratégica pela Unini, escreve para diversos meios do mercado de criptomoedas desde 2017. Como parte da equipe do BeInCrypto, contribuiu com quase 500 artigos, oferecendo análises profundas sobre criptomoedas, exchanges e ferramentas do setor. Sua missão é educar e informar, simplificando temas complexos para que sejam acessíveis a todos. Com um histórico de escrita para renomadas exchanges brasileiras,...
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