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Mulheres usam Bitcoin para fugir do Afeganistão

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Atualizado por Júlia V. Kurtz

EM RESUMO

  • Bitcoin é usado como alternativa para fuga em nação asiática.
  • ONG ensina mulheres a usarem criptomoedas.
  • 16 mil alunas já se graduaram em centro tecnológico.
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Após o início da retirada das tropas americanas e de aliados de Cabul, a escalada da violência tem aumentado a cada dia que passa. Oprimida pelo Talibã, a população, principamente as mulheres, busca alternativas para fugir da nação asiática e o Bitcoin é um dos ativos que tem sido usado como recurso financeiro seguro nas fugas.

Há cerca de 10 anos, a fundadora da organização sem fins lucrativos Digital Citizen Fund e uma das 100 pessoas mais influentes da revista Time em 2013, Roya Mahboob, ensinou habilidades de computação para meninas e mulheres no Afeganistão.

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À época, muitas receberam Bitcoin como pagamento por serviços de freelances para a ONG, já que muitas eram proibidas de terem contas convencionais em bancos ou não tinham documentos.

Rouya disse à Reuters que a moeda virtual forneceu a elas uma tábua de salvação em meio ao caos econômico e social:

“Não era viável – ou seguro – enviar dinheiro para todas, e o recurso não era amplamente usado e opções como o PayPal não existiam. Então ouvimos falar do bitcoin … Era fácil de usar, mais barato e mais seguro do que outras opções. Então, ensinamos as meninas como usá-lo e começamos a pagar nossa equipe e as colaboradoras com ele  – e explicamos que era um investimento para o futuro “.

Cerca de 16.000 meninas frequentaram o centro de Mahboob, e um terço delas aprendeu como configurar uma carteira criptografada e receber fundos. Elas também puderam aprender como negociar e investir em Bitcoin e Ethereum se estivessem interessadas ​​em fazê-lo.

Apesar de comemorar a noticia, a fundadora da Digital Citizen Fund lamenta não ter ensinado cripto de forma mais agressiva , para que mais afegãs pudessem ter carteiras digitais para acessar o dinheiro agora e de maneira segura.

A empresária e filantropa afegã chama a atenção para os casos de uso positivo de Bitcoin e outras criptomoedas. Ela lembra que existem outras maneiras pelas quais a criptografia pode causar impacto positivo, principalmente àqueles que mais precisam de acesso a dinheiro virtual.

Antes da violência tomar conta do Afeganistão, em agosto, a ONG desenvolvia, com o governo, a construção de escolas STEM com objetivo de criar novas oportunidades com o uso da tecnologia blockchain.

O Bitcoin também está sendo usado em outros países controlados pela Jihad. É o caso da Síria, que vive há dez anos em guerra civil. Hoje o custo para uma mulher fugir do país com filhos, varia entre US$ 12,500 mil e US$ 25 mil. A moeda virtual é um ativo seguro em meio ao medo e a violência contra as minorias, mulheres e crianças.

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Aline Fernandes
Apaixonada pelo que faz, Aline Fernandes é uma profissional que atua há 20 anos como jornalista. Especializada nas editorias de economia, agronegócio e internacional trabalha na BeINCrypto como editora do site brasileiro. Já passou por quase todas as redações e emissoras do país, incluindo canais setorizados como Globo News, Bloomberg News, Canal Rural, Canal do Boi, SBT, Record e Rádio Estadão/ESPM. Atuou também como correspondente internacional em Nova York e foi setorista de economia...
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