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Para Fernando Ulrich, não é possível prever quando a economia brasileira vai se recuperar

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Atualizado por Caio Nascimento

EM RESUMO

  • Queda do PIB e aumento do desemprego são preocupantes.
  • A imprevisibilidade causada pela pandemia dificulta as previsões do retorno econômico.
  • Para Ulrich, o cenário econômico vivenciado em fevereiro não vai voltar tão cedo.
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Desde o início da crise sanitária e do declínio das atividades econômicas no Brasil, um pensamento passou na mente de muitas pessoas: Quando a economia brasileira vai sair dessa crise?
Vários países da Europa e Ásia já conseguiram controlar a pandemia de coronavírus e estão, lentamente, tentando voltar ao normal, com a reabertura do comércio. Alguns estados brasileiros também estão ensaiando a reabertura de parte do comércio, porém por aqui, o número de novos casos da doença é crescente. Para o economista Fernando Ulrich, não é possível prever quando a nossa economia irá se recuperar.

A situação atual

Os números sobre a crise econômica são preocupantes. No primeiro trimestre de 2020 o PIB brasileiro foi de 1,5% negativo. E vale lembrar que o início das medidas de isolamento social começaram a acontecer em meados de março. Portanto essa queda do PIB foi reflexo de menos de um mês de quarentena. Ulrich acredita que o PIB do segundo trimestre vai sofrer um impacto muito maior, já que, ao que tudo indica, o comércio seguirá fechado e as pessoas vão continuar diminuindo o consumo. Além disso, Ulrich diz que, para prever uma futura recuperação da economia, precisamos ficar atentos ao índice de desemprego. Ainda no primeiro trimestre, o índice de desemprego foi de 12,6%, o que não é considerado muito, se levarmos em conta o índice dos últimos anos. Porém, esse dado não leva em conta as pessoas que não estão mais ocupadas e procurando emprego. Se levarmos em conta essas pessoas, temos cerca de 4,5 milhões de brasileiros desocupados. Ulrich diz que esse número é muito preocupante, já que, devido as leis trabalhistas brasileiras, o processo de contratação e demissão de um funcionário são mais longos, portanto, quando a pandemia for controlada e começarmos a voltar a abrir vagas de trabalho, esse processo vai ser muito mais lento do que outros países. Além disso, ele diz que esse número de pessoas desocupadas e que não estão mais procurando trabalho deve crescer nos próximos meses. O que vai influenciar diretamente no futuro crescimento econômico.

Quando acaba a crise econômica?

Ulrich diz ser difícil saber, já que essa não é uma crise normal, que ocorre recorrentemente em círculos econômicos. Além disso, a pandemia trouxe uma imprevisibilidade para a crise econômica. Talvez quando passarmos o pico da doença, poderemos começar a ter algum vislumbre de quando e como a crise vai acabar. Porém, com a possibilidade de uma segunda onda de infecções, é imprevisível fazer projeções. Ulrich acredita que, a normalidade e o momento econômico que estávamos vivenciando em fevereiro, não voltará tão cedo.

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Airí Chaves
Com formação em marketing pela Universidade Estácio de Sá e um mestrado em liderança estratégica pela Unini, escreve para diversos meios do mercado de criptomoedas desde 2017. Como parte da equipe do BeInCrypto, contribuiu com quase 500 artigos, oferecendo análises profundas sobre criptomoedas, exchanges e ferramentas do setor. Sua missão é educar e informar, simplificando temas complexos para que sejam acessíveis a todos. Com um histórico de escrita para renomadas exchanges brasileiras,...
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