O famoso economista norte-americano Steve H. Hanke, da Universidade Johns Hopkins, nos EUA, elogiou a decisão do governo do Paraguai de apenas regulamentar o Bitcoin (BTC), e não adotá-lo como moeda de curso legal.
Steve Hanke, que já havia recentemente chamado a decisão de El Salvador em relação ao Bitcoin de “estúpida”, elogiou o caminho tomado por Carlos Antonio Rejala Helman, congressista paraguaio que pretende regulamentar a criptomoeda no país, mas não torna-la uma moeda oficial.
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“Parece que a reação à lei de curso legal #Bitcoin de El Salvador (na verdade, oferta FORÇADA) assustou o congressista paraguaio @carlitosrejala. Ele agora admite que não está tentando fazer com que o Bitcoin tenha curso legal. Boa ideia.”
Paraguai e o Bitcoin
O Paraguai surgiu recentemente como um possível candidato a ser o próximo país a seguir os passos de El Salvador em adotar o Bitcoin em grande escala, graças a comentários recentes do congressista Rejala.
Grande entusiasta do Bitcoin e demais criptomoedas no país, ele chegou a afirmar que iria propor uma nova legislação sobre o ativo ainda em julho deste ano.
Porém, em entrevista na última sexta-feira (25), Rejala afirmou que seu projeto de lei seria diferente do visto em El Salvador, afirmando que no Paraguai seria “impossível” adotar o BTC como uma moeda de curso legal.
No entanto, o congressista destacou que deseja fazer do Paraguai um país mais “amigo” do mercado de criptomoedas, oferecendo uma boa regulamentação para as atividades envolvendo esses ativos.
“Queremos que os reguladores e os bancos também participem para que paraguaios e estrangeiros possam operar legalmente com esses ativos, pois sabemos que existem transações ilegais aqui e em outros países”.
Por que Hanke é contra iniciativa de El Salvador?
A decisão recente de El Salvador em adotar o Bitcoin como uma moeda oficial foi celebrada pela comunidade cripto em todo o mundo. No entanto, Steve Hanke se mostrou insatisfeito com a política do presidente Nayib Bukele, dizendo que suas decisão era “muito estúpida”.
Para o economista, o país latino-americano, que possui sua economia baseada no dólar, poderá sofrer um colapso com essa decisão. Ele também destacou que será muito difícil de converter a criptomoeda para moeda fiduciárias em transações feitas no dia-a-dia, devido a suas taxas de transação.
“Você não pode converter Bitcoin, por exemplo, de forma barata e fácil em dólares americanos, libras esterlinas, euros e ofertas legais que você pode usar em uma loja”.
Apesar das críticas, Hanke diz não ver o Bitcoin como uma farsa. Ele apenas define que a criptomoeda seria hoje apenas um ativo especulativo, e não uma moeda em si.
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