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PIX é o primeiro passo do real digital, indica Fernando Ulrich

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Atualizado por Caio Nascimento

EM RESUMO

  • O Pix é um embrião do real digital porque traz mudanças importantes na infraestrutura do BC
  • Ulrich questiona se o banco central está preparado para administrar a moeda digital no futuro
  • Para o presidente do banco central, o real digital já vai estar em circulação em 2022
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O real digital está vindo por aí? Segundo o economista Fernando Ulrich, o Pix pode ser um passo importante rumo à digitalização da nossa moeda fiduciária.
O novo sistema de pagamentos Pix está cada dia mais perto de ser lançado e os principais especialistas do mercado enxergam uma abertura do Banco Central para a digitalização de serviços financeiros no país. Um deles foi Fernando Ulrich, importante economista brasileiro e entusiasta das criptomoedas, que usou seu canal do YouTube para debater sobre o futuro do real digital. O Pix é um embrião do real digital porque traz mudanças significativas na infraestrutura do banco central, acredita Ulrich. O novo sistema de pagamentos diminui a intervenção dos bancos comerciais nas transações financeiras, e no futuro, caso o real digital seja implementado, esse papel de mediação dos bancos comerciais pode deixar de existir. O banco central passaria a ter uma relação direta com a população. Resta saber se o BC está preparado para administrar a moeda digital e todas as responsabilidades que vem com ela no futuro.

Os desafios do banco central

banco_central_campos_netoUlrich destaca como um desafio para a emissão do real digital é saber como ficam os bancos comerciais em um cenário onde as pessoas passam a ser clientes diretas da autoridade monetária.
“Se eliminar uma grande parte dos depósitos dos bancos comerciais e tudo migra para o Bacen, será que o banco comercial vai ter menos capacidade de expansão de crédito, e como isso vai afetar o seu negócio?”
Outro desafio do banco central é se preparar para se relacionar com a população, já que com a emissão do real digital, o BC passa a gestar não apenas a moeda, mas todo o serviço bancário.
“O trabalho do banco central não é atender ao cliente. Historicamente, serviços estatais não conseguiram dar um bom atendimento em termos de qualidade ao varejo.”

Emissão do CBDC vem sendo estudado no Brasil

Ulrich não está sozinho e quem já disse também que o real digital fica mais perto com a vinda do Pix foi o próprio presidente do Banco Central do Brasil, Roberto Campos Neto. Para ele, o futuro da nossa moeda é ser digital e acredita que em 2022, o real digital já vai estar em circulação no país. Em agosto, o BC criou um grupo de trabalho para estudar a emissão do real digital, examinar iniciativas de outros países e avaliar a sua aplicabilidade no Brasil.

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Saori Honorato
Saori Honorato é jornalista e para o BeInCrypto escreve sobre os principais acontecimentos do universo das criptomoedas.
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