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Por que o Bitcoin voltou a cair e o que esperar a partir de agora

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Atualizado por Paulo Alves

EM RESUMO

  • Bitcoin voltou a ser negociado perto de US$ 32.000 nesta segunda-feira (21).
  • Criptomoeda teve fechamento semanal negativo após voltar a superar os US$ 40.000.
  • Ações na China seriam motivo, mas sinais gráficos mostram o que esperar.
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O preço do Bitcoin passou por uma gangorra durante o fim de semana e voltou a ser negociado na região de US$ 32.000 nas primeiras horas desta segunda-feira (21).

O gráfico semanal do BTC mostra que houve um ensaio de alta há duas semanas, após o preço cair para US$ 32.500 e subir com relativa confiança. No entanto, o otimismo se foi após um fechamento semanal negativo.

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No fechamento da matéria, o preço era negociado perto de US$ 32.500, em recuo de mais de 20% após atingir a máxima local na zona de US$ 41.300 na segunda-feira da semana passada.

Fator China

O movimento de baixa, embora também possa também ter relação com uma confluência de sinais técnicos de mercado, pode ter sido provocado novamente por iniciativas da China contra criptomoedas no país.

Na manhã desta segunda-feira (21), o Banco do Povo da China (PBoC) divulgou uma declaração em que revela ter realizado uma reunião com representantes de diversos bancos para reiterar o banimento da negociação de criptoativos no país.

Em nota, o PBoC afirma que:

“As atividades de comércio de moeda virtual perturbam a ordem econômica e financeira normal, geram os riscos de transferência transfronteiriça ilegal de ativos, lavagem de dinheiro e outras atividades ilegais e criminosas, e infringem gravemente a segurança patrimonial do povo chinês.”

Em outras palavras, o banco central chinês reforçou o alerta já emitido em maio acerca da proibição da intermediação do mercado cripto. Na sequência, o Agricultural Bank of China, terceiro maior banco do país, emitiu um comunicado dizendo que irá suspender contas, encerrar o relacionamento com o cliente e reportar às autoridades sempre que identificar transações relacionadas a criptomoedas.

Mineração

Enquanto avança com o yuan digital e dá sequência a um plano ousado de desenvolvimento de tecnologia blockchain, o país asiático também decidiu remar contra a indústria de mineração. A China, vale lembrar, reúne cerca de 80% do poder de processamento da rede do Bitcoin, mas especialistas já cogitam que isso deve diminuir rapidamente.

Ações mais concretas foram tomadas nos últimos dias, com o alerta do governo contra a mineração na província de Yunnan. Na sequência, oficiais chineses miraram os mineradores de Ya’an, que também reúne uma importante parcela da indústria de mineração no país.

Como consequência, o hash rate do Bitcoin, número que aponta o poder de processamento e dá a medida de segurança da rede, caiu para a mínima de 180 dias. O recuo é atribuído diretamente ao encerramento das atividades de fazendas de mineração na China.

O que mostra o gráfico do Bitcoin

Fatores externos parecem ser preponderantes no momento para determinar a direção do preço do Bitcoin. No entanto, o gráfico oferece alguns sinais técnicos que ajudam a entender o movimento a partir de agora.

Segundo o analista de criptomoedas Valdrin Tahiri, o Bitcoin está testando novamente o importante nível de suporte na região dos US$ 30.000, por ora com possível risco de queda maior dados os indicadores em baixa.

De acordo com o especialista, a análise gráfica sugere o Bitcoin pode eventualmente cair ainda mais, momento em que testaria o um novo suporte em US$ 27.000.

Bitcoin pode ir a US$ 27.000 se indicadores continuarem pessimistas.

Ainda segundo o analista, o gráfico de duas horas é o mais otimista no momento, já que mostra alguns sinais de alta apesar da forte dificuldade em ultrapassar os US$ 35.000. No entanto, Tahiri alerta que isso pode se passar apenas de um salto de curto prazo em um movimento de baixa no longo prazo.

Salto no gráfico de duas horas pode ser momentâneo.

Cenário otimista

Tahiri também aponta um possível cenário otimista pintado pela contagem de ondas, um termo técnico que leva em conta movimentos de prazos mais longos. Nesta análise, é possível levar em conta que o Bitcoin estaria em seu quarto recuo corretivo desde o início de um movimento de alta em dezembro de 2018.

Bitcoin pode estar em quarta onda corretiva que terminaria em julho, setembro ou dezembro.

Se isso for verdade, haveria três possíveis datas para o fim do atual ciclo corretivo, após o qual o preço poderia voltar a subir com força. Elas variam conforme os níveis das projeções de Fibonacci, muito usada na análise técnica do Bitcoin: a queda poderia terminar em 19 de julho, 20 de setembro ou apenas no final de dezembro de 2021.

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Paulo Alves
Sou jornalista e especialista, pela USP-SP, em Comunicação Digital. Já trabalhei em rádio e impresso, mas boa parte da minha experiência vem do online. Colaborei entre 2013 e 2021 com o Grupo Globo na área de tecnologia, onde já cobri assuntos diversos da área, de lançamentos de produtos aos principais ataques hackers dos últimos anos. Também já prestei consultoria em projetos do Banco Mundial e da ONU, entre outras instituições com foco em pesquisa científica. Entrei no mundo das...
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