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Preço do Bitcoin engata subida e atinge recorde no Brasil, acima de R$ 70.000

3 mins
Atualizado por Paulo Alves

EM RESUMO

  • Bitcoin rompe máxima e atinge R$ 70.000
  • Valor supera marca de 2017, quando BTC chegou ao topo no mercado mundial
  • Preço em reais tem ligação com depreciação da moeda brasileira frente ao dólar
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O preço do Bitcoin atingiu na manhã desta quarta-feira (21) o preço mais alto de todos os tempos em reais. A criptomoeda registrou mais de R$ 70.000 no Brasil, superando marca atingida há três anos.
A nova máxima de todos os tempos em reais foi atingida na exchange BitBlue, que registrou o preço de R$ 70.483,79. O BeInCrypto considera na contabilidade apenas as corretoras que operam no Brasil com pelo menos 1% de volume de negociação. Já a média de preço no Brasil alcançou R$ 68.755,91 às 2h47 da manhã, segundo o Cointrader Monitor,.
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Preço mais alto do Bitcoin no Brasil foi registrado na exchange BitBlue
O preço do ativo vinha se mantendo acima de R$ 60.000 há várias semanas. No entanto, começou a subir a partir da segunda semana de outubro. O movimento se intensificou especialmente nos dois últimos dias. A subida está ligada à valorização do preço do BTC no mundo, que outra vez superou a casa dos US$ 12.000. Nesta madrugada, a criptomoeda chegou a atingir US$ 12.999 na média global, segundo o Coingecko. Por outro lado, o recorde em reais também é decorrente da desvalorização da moeda brasileira. A cotação do dólar fechou mais uma semana em alta.Em setembro, o real bateu quase 40% de desvalorização acumulada. O Bitcoin havia chegado a um preço tão alto pela última vez em 17 de dezembro de 2017. Naquela altura, o Bitcoin valia pouco menos de US$ 20.000. Apesar de seguir em franca valorização, a criptomoeda é negociada hoje por preço cerca de 39% menor no mercado internacional. Às 5h40, o Bitcoin é negociado, em média, a US$ 12.183.
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Preço do Bitcoin atingiu US$ 12.999 na madugada do dia 21 de outubro

Preço tem ajuda do real como ‘pior moeda’

A valorização do BTC segue a trajetória inversa do desempenho do real. Em 2020, o real atingiu por diversas vezes o posto de pior do mundo entre as principais economias. O real chegou a se valorizar em alguns momentos, mas a alta volatilidade semelhante à de criptomoedas a faz retomar o posto negativo na sequência. O cenário, no entanto, poderia estar ainda mais agravado. Mesmo com o dólar fechando a R$ 5,61 na terça-feira (20), tudo indica que a cotação seria ainda mais desfavorável se a moeda americana também não estivesse enfraquecida. Investidores vêm temendo a perda do status de reserva mundial por conta da injeção trilionária por governos para conter a crise. Além disso, os juros mínimos fazem o investidor sair da moeda e apostar em maior risco. Como resultado, o dólar em condições normais forçaria o real ainda mais para baixo. Dessa maneira, o Bitcoin poderia ser levado a patamares mais altos no Brasil.
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Recorde do Bitcoin no Brasil é resultado de valorização do BTC e desvalorização do real

Stock-To-Flow e Bitcoin a R$ 2,8 milhões

O preço mais alto de todos os tempos do Bitcoin frente ao Real também marca a ascensão da criptomoeda em 2020. Depois de alcançar o fundo em março no auge da crise, o ativo vem resistindo a quedas e já seria menos arriscado que ações tradicionais. Alguns analistas analistas apostam em preço na casa do milhão. Segundo o modelo Stock-To-Flow, o BTC alcançaria US$ 288 mil até 2024. Já investidores como os irmãos Winklevoss projetam que o Bitcoin caminha para valer US$ 500.000 na próxima década. Na cotação de hoje, o valor seria equivalente a mais de R$ 2,8 milhões.

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Paulo Alves
Sou jornalista e especialista, pela USP-SP, em Comunicação Digital. Já trabalhei em rádio e impresso, mas boa parte da minha experiência vem do online. Colaborei entre 2013 e 2021 com o Grupo Globo na área de tecnologia, onde já cobri assuntos diversos da área, de lançamentos de produtos aos principais ataques hackers dos últimos anos. Também já prestei consultoria em projetos do Banco Mundial e da ONU, entre outras instituições com foco em pesquisa científica. Entrei no mundo das...
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