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Presidente do Bacen sobre cripto: ‘Mercado financeiro será feito de dados’

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Atualizado por Paulo Alves

EM RESUMO

  • Roberto Campos Neto acredita que o futuro do mercado financeiro é digital.
  • Para ele, os órgãos reguladores brasileiros precisam se atualizar e criar uma “regulamentação do futuro”.
  • O Banco Central estuda implementar o Real Digital no país nos próximos anos.
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O presidente do Banco Central do Brasil, Roberto Campos Neto, acredita que o futuro das finanças está na regulamentação de dados.

O comentário do presidente do BC foi feito durante uma sabatina do Conselho das Américas, em resposta a uma pergunta do J.P. Morgan, que foi divulgado na quinta-feira (19).

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O banco queria saber como o país, que está estudando a implementação de sua própria Moeda Digital do Banco Central (CBDC) pensa em fazer a regulamentação de criptomoedas. Campos Neto explicou que é preciso ter a mente aberta e enxergar além do espaço cripto e pensar, também, naquilo que pode vir depois.

O presidente do Bacen fez questão de deixar claro que reconhece a existência dos vários tipos de criptomoedas – como stablecoins e CBDCs – e que elas têm aplicações diferentes. “As criptomoedas são usadas basicamente como dinheiro e como reserva de valor e, de uns tempos pra cá, o uso mais importante tem sido esse último. Isto nos preocupa porque, para nós, é importante que as criptomoedas sejam usadas mais como forma de pagamento”, afirmou.

Regulamentação do futuro

Campos Neto confirmou o que já era esperado: o Bacen está dialogando com a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) para determinar como o espaço cripto será regulamentado no Brasil.

“Só que, para nós, isso é algo maior do que simplesmente regular criptomoedas. Nós estamos falando da regulamentação do futuro. O mercado financeiro está mudando tão rápido e está se transformando em dados. Eu recebo muitos projetos para avaliação e percebo que grande parte deles nem está no meu alcance regulatório”.

O presidente do Bacen reiterou que é impossível regulamentar o mercado financeiro do futuro sem entender como fazer a regulamentação de dados. Para ele, é importante criar uma forma de se adiantar às mudanças e ter um sistema pronto para receber as novidades que surgirão no mercado cripto e de fintechs.

Real Digital

O interesse nas posições de Campos Neto sobre criptomoedas ocorrem porque o Brasil já começou a estudar formas de introduzir sua própria CBDC – previamente batizada de Real Digital – no país nos próximos anos.

Nos últimos meses, o Banco Central começou uma série de reuniões com empresários e desenvolvedores para estudar a melhor forma de implementar uma moeda digital oficial no país e garantir que ela tenha competitividade no espaço cripto. Para isto, entretanto, é necessário que o Brasil se atualize e comece a ver criptomoedas como dinheiro e não como simples ativos digitais.

A data de implementação oficial do Real Digital ainda não foi definida, mas a expectativa é que ainda seja necessário alguns anos até que ela esteja pronta. O Banco Central já afirmou que seu objetivo, entretanto não é de substituir grandes criptomoedas como o BTC, e sim oferecer uma alternativa ao Real fiduciário.

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Júlia V. Kurtz
Editora-chefe do BeInCrypto Brasil. Jornalista de dados com formação pelo Knight Center for Journalism in the Americas da Universidade do Texas, possui 10 anos de experiência na cobertura de tecnologia pela Globo e, agora, está se aventurando pelo mundo cripto. Tem passagens na Gazeta do Povo e no Portal UOL.
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