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Preso com Covid tem liberdade negada por suposta visita a mineradora de criptomoedas

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Atualizado por Caio Nascimento

EM RESUMO

  • Homem suspeito de tráfico foi preso preventivamente
  • Ele pediu para sair da prisão porque faz parte do grupo de risco da Covid-19
  • O juiz negou o pedido; suposta visita a mineradora de criptos influenciou decisão
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Em setembro, um homem foi preso preventivamente por suspeita de tráfico de drogas. Ele alegou, então, que faz parte do grupo de risco da Covid-19 e entrou com pedido de liberdade provisória.
O juiz, no entanto, não acatou o pedido. A decisão foi publicada na quinta-feira (15) no Diário Eletrônico da Justiça Federal. Um dos motivos para a negativa, segundo o magistrado, é que o preso alegou ter visitado supostas mineradoras internacionais de criptomoedas. As empresas estariam na América Latina e na Europa. De acordo com o juiz, a suposta ida às mineradoras pode indicar que o homem tem contatos fora do país. Com isso, ele poderia mais facilmente ocultar bens ou fugir do Brasil.
“O fato dos custodiados (há outros investigados) estarem aliados a terceiro(s) ainda não identificado(s), cuidando-se portanto de indivíduos com contatos nesta região, ensejando a facilidade de ocultação e fuga, para além das fronteiras nacionais, como é o caso do requerente, de modo a possibilitar que se furtem à aplicação da lei penal”, disse o magistrado.
Além da suposta visita às mineradoras, o juiz também levou em consideração outros pontos para negar a liberdade provisória. Um deles, por exemplo, é que com o preso foram encontradas uma arma de fogo não registrada e uma caixa com 16 munições. Além disso, segundo a sentença, existe a possibilidade de o homem continuar a praticar crimes fora da prisão.

O que disse o preso sobre as mineradoras de criptos?

No processo, o preso disse que viajou no final de 2019 para conhecer as supostas mineradoras. As empresas, segundo declaração dele, estariam na Colômbia e na Suíça. Ao chegar ao país sul-americano, no entanto, ele disse que a visita à mineradora não deu certo. Ele não explicou o motivo. Na sentença, não consta o nome da empresa. Já no caso da viagem para conhecer a mineradora da Suíça, o homem informou que, ao chegar à empresa, percebeu que era “golpe”. Também não há nos autos o nome do suposto negócio.

Entenda o caso

O preso, segundo informações da sentença, é dono de uma empresa de exportação de Santos, em São Paulo. Ele foi detido no dia 29 de setembro pela PF (Polícia Federal). No dia da prisão, a PF informou ter encontrado 373 kg de cocaína dentro de um container pertencente à exportadora dele. O equipamento seria enviado para Porto de Algeciras, na Espanha. Além dele, outros três homens são investigados.
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Lucas Gabriel Marins
Jornalista desde 2010. Já colaborei para diversos veículos, como Gazeta do Povo, Agência Estadual de Notícias (AEN) e Paraná Portal. Escrevo regularmente para o UOL e para outros portais especializados em criptoeconomia. Tive meu primeiro contato com o mercado de criptomoedas em meados de 2019, quando comecei a cobrir casos de golpes financeiros. No BeInCrypto, produzo e edito textos.
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