Ver mais

Privatização negada. Mercado reage ao “não” à privatização do Banco do Brasil

2 mins
Atualizado por Caio Nascimento

EM RESUMO

  • BB não será privatizado, para desânimo do mercado de ações
  • Quem afirma isso é o próprio presidente da instituição, Rubem Novaes
  • Ações do BB haviam disparado após pedido de privatização feito por Paulo Guedes
  • promo

Banco do Brasil não será privatizado no governo de Jair Bolsonaro. Presidente do BB e Secretário Especial de Desestatização explicam que não será possível privatizar o banco na gestão atual. Mercado reage de maneira morna, puxado pelas Bolsas internacionais.
As ações do Banco do Brasil dispararam, na segunda, 25 de maio, devido ao discurso pró-privatização de Paulo Guedes. Porém, o mercado recebe agora um banho de água fria. Isso porque não haverá a privatização do Banco do Brasil durante a gestão Bolsonaro, de acordo com pessoas influentes da área. Como consequência, as ações do BB reagem de maneira morna, com fatores internacionais impedindo a sua queda de maneira mais efetiva.

BB: Privatização negada

A privatização do Banco do Brasil foi negada por Rubem Novaes, presidente do BB, em entrevista ao Valor Econômico. Porém, as ações do BB estão mantendo o seu valor, conforme demonstra o gráfico:
Ações do BB mantém o valor, puxadas pelo mercado internacional
Ações do BB mantém o valor, puxadas pelo mercado internacional
Até o presente momento, as ações do BB estão cotadas a R$ 30,60, numa leve queda de 0,60%. Contudo, o mercado indica que essa queda poderia ser mais forte, não fosse o cenário externo. Isso porque, no exterior, o mercado financeiro está puxando a alta das Bolsas de Valores ao redor do mundo. Na Europa, a alta do mercado financeiro gira em torno de 5%, motivada pelo anúncio de um pacote de auxílio econômico no valor de quase 1 trilhão de Euros. Assim, caso o cenário exterior não fosse favorável, é provável que as ações do BB estivessem apresentando uma queda mais acentuada.

“Não há ambiente político”, segundo Rubem Novaes

Para explicar o “não” à privatização, Rubem Novaes afirma que existe resistência política. Desse modo, segundo o presidente do BB, as condições de mercado não são favoráveis para que um projeto como esse seja aprovado no Congresso. Contudo, há espaço para privatização das empresas coligadas. O governo tinha planos de privatizar a BB DTVM, empresa gestora de recursos do BB. A crise provocada pela pandemia do novo coronavírus, no entanto, afetou os planos de privatização.

Secretário do Governo já havia negado a privatização

Vale ressaltar que a privatização do BB e da Caixa Econômica Federal (CEF) é um assunto recorrente no meio econômico brasileiro. Por isso, Salim Mattar, o Secretário Especial de Desestatização do governo, já havia negado a possibilidade de privatizar os bancos. Suas declarações foram ditas antes da publicação do vídeo da reunião ministerial, na qual Paulo Guedes defende a privatização do BB. Assim, se acredita que a privatização dos bancos públicos, caso aconteça, ainda vai demorar alguns anos para ser colocada em prática.

Trusted

Isenção de responsabilidade

Todas as informações contidas em nosso site são publicadas de boa fé e apenas para fins de informação geral. Qualquer ação que o leitor tome com base nas informações contidas em nosso site é por sua própria conta e risco.

6784e552dcc1c6b258b50b0c057f62a1?s=120&d=mm&r=g
Nicolas Nogueira
Nicolas se formou em Direito pela Universidade Federal do Paraná e é pós-graduado em Gestão de Negócios Internacionais. Atualmente, cursa Jornalismo na FAPCOM. Escreve sobre economia, política e história há alguns anos. Em 2017, após entrar em contato com a tecnologia blockchain, se entusiasmou com o seu potencial e passou a estudar as aplicações da tecnologia aos diversos setores da economia. Seu foco está em discutir as melhores maneiras de alavancar o desenvolvimento nacional através...
READ FULL BIO
Patrocinados
Patrocinados