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Processo contra Paulo Guedes por fraude de R$ 700 milhões ‘sangra a economia’, diz desembargador

2 mins
Atualizado por Paulo Alves

EM RESUMO

  • Desembargador disse que Paulo Guedes “não é cidadão comum”
  • Magistrado votou pelo encerramento do processo
  • MPF acusa ministro de fraude que teria gerado prejuízo de R$ 700 milhões
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O processo movido pelo Ministério Público Federal contra o ministro Paulo Guedes é responsável pelo “sangramento da própria economia”. Essa é a opinião do desembargador Ney Bello, relator do caso no Tribunal Regional Federal da Primeira Região (TRF-1).
O magistrado votou nesta quinta-feira (24) pelo encerramento das investigações contra Guedes por suposta fraude. Segundo MPF, o atual ministro teria responsabilidade pelo prejuízo em investimentos realizados com recursos oriundos de fundos de pensão. As perdas chegariam a R$ 700 milhões entre 2009 e 2013. Em argumentação, o desembargador mencionou que Paulo Guedes “não é um cidadão comum”. Seu voto sugere que a continuidade da investigação prejudicaria a economia do país.
Não se trata do sangramento de um cidadão comum, mas o sangramento da própria economia, que vai se espraiar por toda e qualquer casa, toda e qualquer relação econômica de qualquer cidadão.
Além disso, o magistrado menciona a decisão da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) de não abrir investigação. Para ele, trata-se de indicativo de ausência de crime.
Se a CVM nos diz que não há temeridade porque os atos foram corretamente praticados, se ela diz que malgrado perigo os fundos deram lucros, isso tem valor imenso.
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Paulo Guedes teria envolvimento em prejuízo de R$ 700 milhões

O voto defende que o MPF não deixa claro que Paulo Guedes teria praticado os crimes a ele imputados. Além disso, o magistrado diz que o administrador do fundo não poderia responder por um ato que, em tese, seria do conselho.

Por outro lado, conforme divulgou o G1, ele também menciona o suposto lucro obtido nas operações. Segundo a defesa do ministro, os investimentos realizados com o dinheiro dos fundos de pensão teriam dado 154% de retornos. Dessa maneira, não poderiam ser alvo de gestão temerária.

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Reprodução/O Globo

No entanto, o MPF é em dois aportes, um na HSM Brasil e outro na construtora Enesa. Os investimentos nessa última empresa teriam sido totalmente perdidos, gerando prejuízo de R$ 700 milhões aos investidores.

Apesar do voto do relator pelo encerramento, a decisão não põe fim ao caso. Isso porque a desembargadora Maria do Carmo Cardoso pediu vista do processo. Ainda não há prazo para retomada.

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Paulo Alves
Sou jornalista e especialista, pela USP-SP, em Comunicação Digital. Já trabalhei em rádio e impresso, mas boa parte da minha experiência vem do online. Colaborei entre 2013 e 2021 com o Grupo Globo na área de tecnologia, onde já cobri assuntos diversos da área, de lançamentos de produtos aos principais ataques hackers dos últimos anos. Também já prestei consultoria em projetos do Banco Mundial e da ONU, entre outras instituições com foco em pesquisa científica. Entrei no mundo das...
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