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Projeto usa blockchain para facilitar coleta de material reciclável nas ruas do Brasil

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Atualizado por Saori Honorato

EM RESUMO

  • O coletores do projeto Green Mining estão utilizando a tecnologia blockchain no trabalho.
  • A coleta do material na rua até chegar a usina de reciclagem, passa a ser rastreado com a tecnologia blockchain.
  • O blockchain fornece mais eficiência ao trabalho dos coletores.
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Startup brasileira Green Mining está utilizando a tecnologia blockchain para rastrear todo o ciclo do material reciclável coletado nas ruas do Brasil.

A tecnologia das criptomoedas vem sendo usada para dar eficiência a diversos setores da sociedade, inclusive na destinação correta do lixo. 

O potencial do blockchain foi notado pelo projeto Green Mining, uma empresa de logística que coleta embalagens recicláveis em bares, restaurantes e condomínios nas cidades de São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília.

Nos dois anos de existência da startup, os 30 coletores afiliados já reciclaram mais de 1,3 milhão de quilos de embalagens de vidro. Evitando, dessa forma, a emissão de cerca de 230 mil quilos de CO2.

Agora, todo o processo desde a coleta do material na rua, até a sua destinação em uma usina de reciclagem, passa a ser rastreado com a tecnologia blockchain.

green mining blockchain
Green Mining/Divulgação

A inteligência que o blockchain fornece ao processo vem para ajudar principalmente a dar mais eficiência ao trabalho dos coletores.

Ao BeInCrypto, um dos fundadores da Green Mining, Rodrigo Oliveira, contou o blockchain é a forma ideal de rastrear toda a cadeia de reciclagem e comprovar o destino correto do material.

“O Blockchain dá para quem origina o material, o consumidor na sua casa, a visibilidade de onde passou seu resíduo e a garantia que chegou a uma usina de reciclagem. Hoje, a dúvida se o material que é separado em casa realmente chega na usina é o principal sinal de descrença no processo de reciclagem no Brasil.”

A eficiência blockchain

Os desenvolvedores da empresa criaram um sistema que mapeia os locais da cidade com maior número de resíduos recicláveis gerados. Em seguida, cria uma rota inteligente para guiar o coletor no seu dia de trabalho.

Quem faz o registro no material é o próprio coletor que faz na plataforma blockchain da Green Mining. Dessa forma, quando ele chega no estabelecimento da coleta, ele fotografa e faz a pesagem do material, registrando tudo em tempo real no sistema da empresa através do smartphone.

De acordo com Oliveira, isso também oferece uma seguridade trabalhista ao coletor que comprova sua atividade através do blockchain.

“Tendo o mapeamento dos atores, conseguimos garantir Compliance trabalhista por toda a cadeia, pois os coletores Green Mining são contratados com carteira assinada e os lançamentos na blockchain mostram isso.”

Green Mining/Divulgação

Depois disso, leva os resíduos a um dos 18 hubs da empresa, que seguem posteriormente para as usinas de reciclagem afiliadas.

Transparência na coleta

De tal forma que o blockchain permite saber de forma exata dados como o horário, data, local, coletor responsável e usina de reciclagem onde aquele material foi processado. Como explica Oliveira:

“Cada etapa da movimentação é inserida na blockchain, mostrando com quem está o “estoque” de materiais coletados, como se fossem “wallets” de materiais. Todos os elos da cadeia pesam os materiais, ou seja, nunca pode ser criado ou subtraído os materiais.”

As empresas brasileiras são obrigados pela lei de logística reversa a dar a destinação correta dos resíduos, promovendo o reaproveitamento dos resíduos sólidos ao setor empresarial.

green mining blockchain

Dessa maneira, o trabalho da Green Mining chamou a atenção de grandes empresas. A iniciativa começou a funcionar em 2018 com um aporte de 100 mil dólares da Ambev através do programa 100+ Accelerator. Atualmente, o projeto tem como clientes a Ambev, Unilever, Deink Brasil, e Ibema. Além de diversos de restaurantes, bares e condomínios nas cidades onde atua.

Desde a implementação da tecnologia blockchain na Green Mining, Oliveira diz que já é possível notar a melhoria no trabalho realizado pelo projeto.

“Tivemos uma eficiência importante com a implementação do blockchain que foi a minimização de erros de lançamentos. Não tem como “criar” ou “sumir” material que foi coletado na origem, ele precisa passar por todas as etapas e chegar corretamente na Usina.”

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Saori Honorato
Saori Honorato é jornalista e para o BeInCrypto escreve sobre os principais acontecimentos do universo das criptomoedas.
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