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Real digital avança no Brasil e Banco Central defende conexão entre CBDCs de diferentes países

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Atualizado por Caio Nascimento

EM RESUMO

  • Roberto Campos Neto afirmou que as discussões sobre a emissão do real digital seguem firmes no Banco Central.
  • Segundo ele, os projetos do BC em relação à moeda digital “vão criar uma forte inovação no mercado”.
  • Ele defendeu que as CBDCs do mundo sejam "homogêneas" para facilitar as transações entre os países.
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O presidente do Banco Central do Brasil, Roberto Campos Neto, voltou a falar sobre o real digital e quais são as principais perguntas que a autarquia tenta responder agora nesta fase de planejamento.

Ao palestrar no Congresso de Meios Eletrônicos de Pagamento nesta terça-feira (24), Campos Neto falou sobre os efeitos da pandemia do coronavírus na economia e como a população brasileira demanda uma recuperação mais sustentável e inclusiva.

Esta fase delicada, no entanto, acabou sendo a principal propulsora do avanço da tecnologia nos pagamentos.

Campos Neto aproveitou a ocasião para falar sobre os esforços que estão sendo feitos pela autarquia para emitir a versão brasileira da Moeda Digital do Banco Central (CBDC).

Sem entrar em detalhes, ele afirmou que os projetos do Banco Central em relação à moeda digital “vão criar uma forte inovação no mercado”. 

Em fevereiro, o grupo de estudos que se dedica ao planejamento da emissão do real digital, entregou o relatório final de um estudo que estava sendo feito desde agosto de 2020 sobre o assunto. 

Mesmo assim, Campos Neto ressaltou que ainda há muitas questões práticas que precisam ser resolvidas antes da emissão do novo ativo que será “uma extensão da moeda física”.

“A gente entende que a criação de moedas digitais tem várias consequências para a parte de política monetária, parte de meios de pagamento, inclusão financeira, mas acho que as grandes perguntas ainda estão no ar.”

real digital brasil
Reprodução/Agência Brasil

O diálogo entre as CBDCs do mundo

Uma das questões que ele traz diz respeito a forma como as diferentes CBDCs do mundo vão se comunicar. Ou seja, como elas serão capazes de facilitar as operações financeiras para além das fronteiras.

“É importante que, nesse processo de confecção da moeda digital, os países tenham moedas digitais que sejam homogêneas, ou seja, que sejam interoperáveis.”

Uma empresa que busca resolver justamente essa questão é a Ripple Labs, a criadora da criptomoeda XRP. Em um novo whitepaper divulgado nesta semana, a empresa falou sobre o mesmo problema trazido por Campos Neto. 

Uma vez que cada projeto de CBDC assumirá formas diferentes, a interoperabilidade será crítica. Dessa forma, surgirá a necessidade de protocolos abertos e ativos que funcionem como pontes neutras nas transações entre moedas digitais de diferentes países. Segundo a Ripple, a XRP seria a “ponte” ideal

xrp

A empresa, aliás, está expandindo suas operações no Brasil e, no ano passado, já teve conversas com representantes do Banco Central. Entretanto, os assuntos discutidos nunca vieram à público.

Apesar de ser prematuro fazer conexões entre o BC e a Ripple, a empresa está empenhada em fazer parte dos projetos de CBDCs pelo mundo. 

O Banco Central da França, por exemplo, já abriu diálogo com a Ripple sobre a possibilidade de usar suas soluções para emitir sua CBDC.

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Saori Honorato
Saori Honorato é jornalista e para o BeInCrypto escreve sobre os principais acontecimentos do universo das criptomoedas.
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