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Tecnologia do Bitcoin pode ameaçar adoção de criptomoedas, diz cofundador da Ripple

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Atualizado por Paulo Alves

EM RESUMO

  • O cofundador da Ripple, Chris Larsen, quer que blockchains deixem de usar o modelo Proof-of-Work (PoW).
  • Ele enumera o proof-of-stake (PoS) e consenso federado como alternativas viáveis.
  • Larsen teme que ignorar o PoW pode levar à queda de interesse por criptomoedas.
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O cofundador da Ripple, Chris Larsen, disse nesta quinta-feira (22) que as blockchains devem deixar de utilizar o método de consenso proof-of-work.

Apesar de admitir que o modelo foi uma tecnologia pioneira, Larsen acredita que o PoW está ultrapassado e não leva em consideração as necessidades ambientais atuais. Ele lembra que o protótipo usado para validar transações em criptomoedas é uma fonte de enorme de emissão de CO2.

Com a adoção crescente de Bitcoin, que usa PoW, a quantidade de energia em uso já se tornou insustentável, avisa Larsen. Por sorte, segundo ele, outros métodos que podem se tornar alternativas viáveis surgiram na última década, como o proof-of-stake (PoS) ou consenso federado.

Alternativas viáveis

Fonte : PR1MAL CYPHER; enviado por email

Como cofundador e executivo, Larsen lembra de sua própria experiência com a Ripple. Ele diz que a rede da XRP já usa consenso federado para validar suas transações há quase nove anos. Além disso, a tecnologia já executou mais de 62 milhões de registros sem parar de funcionar e já opera sem emissão de carbono.

Outro exemplo é a Binance Coin (BNB), que usa uma versão de PoS que foi capaz de assegurar uma capitalização de mercado de US$ 80 bilhões. Larsen enfatiza que o Ethereum já começou o processo de transição para o PoS com Eth2.

Ao todo, as criptomoedas que não usam PoW representam 43% da capitalização total do mercado. “A direção para a qual as tendências estão se movendo é óbvia”, conclui.

A ameaça do Bitcoin ao clima

Segundo Larsen, as necessidades de energia do PoW e sua emissão de carbono já são insustentáveis. O Bitcoin sozinho já consome uma média de 132 TWh por ano e libera uma estimativa de 63 milhões de toneladas de CO2 por ano. Apesar de outras criptomoedas também usarem o PoW, o Bitcoin sozinho representa 98% das taxas de hash. Ele continua:

“Com mais investidores individuais e corporações tomando decisões significativas em relação ao Bitcoin, o PoW segue rumo a níveis de emissão que a sociedade não conseguirá tolerar enquanto o mundo tenta evitar um desastre climático.”

O executivo da Ripple lembra que o interesse das instituições em criptomoedas ocorre em paralelo a empresas se comprometendo a tomar ações relevantes sobre as mudanças climáticas. Ele sugere que elas provavelmente serão pressionadas a evitar moedas que utilizam PoW.

Por sua vez, o investidor Kevin O’Leary já se comprometeu a adquirir apenas moedas sustentáveis. Para Larsen, “a comunidade Bitcoin deveria ver este momento como um risco significativo e buscar formas de agir”.

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Nicholas Pongratz
Nick é professor de habilidades de comunicação oral e especialista em ciência de dados em Budapeste, Hungria, com mestrado em Business Analytics. Ele entrou relativamente tarde no campo da tecnologia de criptomoedas e blockchain, mas está intrigado com seu potencial de uso econômico e político. Ele pode ser descrito como um cético otimista de centro-esquerda.
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