O bitcoin falhou em superar a barreira dos US$ 60 mil e caiu US$ 3 mil na madrugada desta quarta-feira (31).
O bitcoin chegou a US$ 59.900, mas logo diversas execuções de vendas levaram a um forte recuo para a casa dos US$ 57.100. Segundo dados do Coingecko, tudo aconteceu em cerca de uma hora, entre 4h e 5h da manhã.
Como é comum acontecer em momentos de alta volatilidade, a queda deu início a uma onda de liquidações de contratos futuros – nesse caso, dos que apostavam na alta da criptomoeda.
Segundo a plataforma de derivativos Bybt, o volume de liquidações de posições compradas (longs) chega próximo de US$ 645 milhões nas últimas 4 horas. O valor é equivalente a cerca de R$ 3,7 bilhões e se refere ao mercado de criptomoedas como um todo.
Em uma única liquidação, um trader da exchange Huobi viu US$ 14,68 milhões desaparecem de sua carteira de futuros. A corretora asiática é a terceira com mais contratos futuros de longs liquidados nas últimas 4 horas, com US$ 107,7 milhões.
Em primeiro lugar está a Binance, que abocanhou US$ 331,78 milhões para pagar dívidas de traders. Em segundo está a Bybt, com US$ 121,9 milhões liquidados de posições compradas.
O que são liquidações em contratos futuros de criptomoedas
A operação no mercado de futuros são acordos para comprar ou vender um ativo em uma data futura e por um preço fixo. As liquidações acontecem especialmente quando há alavancagem, que envolve o uso de criptomoedas emprestadas da exchange para impulsionar os lucros da operação.
No caso atual, traders apostavam que o bitcoin poderia subir e, com isso, utilizaram BTC emprestado para maximizar a fatia recebida ao vender os bitcoins emprestados mais caros do que quando tomaram.
No entanto, com a queda de preço, eles são forçados a vender o bitcoin emprestado mais barato do que originalmente. A diferença de valores, portanto, deve ser coberta com saldo disponível na carteira hospedada na corretora.
Dessa vez, portanto, exchanges obtiveram US$ 645 milhões em quatro horas para cobrir o desfalque deixado por traders.
No entanto, também pode acontecer o oposto. Em fevereiro, a disparada do bitcoin após o anúncio de compra de BTC pela Tesla fez exchanges devorarem R$ 3,2 bilhões de traders que apostavam na queda do ativo.
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