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Uniswap não ‘censurou’ nenhuma criptomoeda, esclarece criador

2 mins
Atualizado por Paulo Alves

EM RESUMO

  • Uniswap foi acusada de censurar mais de 100 tokens na plataforma.
  • Inventor do protocolo esclarece confusão e explica o que aconteceu.
  • Desenvolvedor explicou a diferença entre interface e protocolo.
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A Uniswap, alvo de críticas desde a última sexta-feira (24), na verdade não censurou mais de 100 criptomoedas, esclareceu Hayden Adams, inventor do protocolo de finanças descentralizadas (DeFi).

A Uniswap Labs decidiu remover mais de 100 tokens disponíveis no site app.uniswap.org, o endereço mais conhecido para acessar a Uniswap por meio de navegadores integrados a carteiras como MetaMask e TrustWallet. O site, no entanto, é apenas uma interface.

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Interface não é o mesmo que o protocolo

Adams disse na tarde de sábado (24) que as interfaces da Uniswap não são o mesmo que o protocolo, cuja disponibilidade dos tokens se mantém.

“Agora é um bom momento para aprender a diferença entre uma interface e um protocolo e como funciona a descentralização A descentralização não significa que o Uniswap Labs permite que você faça o que quiser em seu site. Isso significa que você não precisa de uma única instância de interface para acessar o protocolo”, esclareceu.

Segundo o inventor, o protocolo Uniswap que roda na Ethereum continua sendo governado por detentores do token UNI, e esse é o motivo pelo qual a mudança não foi submetida à votação.

Além disso, apesar de o site da Uniswap Labs ser o mais conhecido, ele revela que atualmente a maior parte do tráfego de acesso ao protocolo vem de outras fontes, como bots de negociação, carteiras, agregadores de DEX e forks de interfaces.

“O protocolo Uniswap, na minha opinião, continua sendo o mais descentralizado dos principais protocolos por uma ampla margem”.

Ele explica que isso ocorre porque contratos inteligentes não atualizáveis e sem permissão não têm chaves de administrador nem permitem que detentores de UNI roubem a liquidez subjacente.

Onde acessar os tokens

Essa é a mesma opinião do desenvolvedor Leighton Cusack, que disse a decisão da Uniswap Labs é correta e que mais iniciativas como essa devem acontecer à medida que o DeFi cresce. “Diferentes interfaces serão especializadas em fornecer acesso a diferentes usuários. Eles serão adaptados ao seu mercado-alvo e também aos regulamentos relevantes para onde os serviços são prestados”, explicou.

“O crucial é que isso aconteça na camada de interface, NÃO na camada de protocolo. O protocolo permanece sem permissão, combinável e acessível.”

Cusack relembrou que o protocolo continua oferecendo todos os tokens por meio de outras interfaces, como Gnosis Safe e Zapper.fi

Uniswap Labs

A Uniswap foi acusada de censurar o acesso a mais de 100 tokens, supostamente se curvando à pressão regulatória nos Estados Unidos após uma fala do diretor da Secutirities and Exchange Comission (SEC), Gary Gensler, sobre a caracterização de tokens de ações como valores mobiliários.

Dada a incerteza regulatória, a empresa Uniswap Labs anunciou que não iria mais oferecer o trading de alguns tokens, especialmente aqueles que supostamente estariam no radar dos reguladores.

“Continuamos monitorando o cenário regulatório em evolução. Hoje, decidimos restringir o acesso a certos tokens. Estes tokens sempre representaram apenas uma pequena parte do volume total de trades na Uniswap”, disse a empresa em anúncio.

Entre eles estão tokens de ações de empresas como Facebook e Tesla, além de uma porção de tokens sintéticos que espelham Aave, Cardano, Ether e outras criptomoedas famosas. Eles foram removidos apenas do site app.uniswap.org e, portanto, seguem disponíveis em outras interfaces.

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Paulo Alves
Sou jornalista e especialista, pela USP-SP, em Comunicação Digital. Já trabalhei em rádio e impresso, mas boa parte da minha experiência vem do online. Colaborei entre 2013 e 2021 com o Grupo Globo na área de tecnologia, onde já cobri assuntos diversos da área, de lançamentos de produtos aos principais ataques hackers dos últimos anos. Também já prestei consultoria em projetos do Banco Mundial e da ONU, entre outras instituições com foco em pesquisa científica. Entrei no mundo das...
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